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Operação

Linx é colocada à venda pela Stone

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Três anos após adquirir a Linx, a Stone está colocando a empresa de softwares à venda. De acordo com informações do NeoFeed e da Exame, os bancos Morgan Stanley e JP Morgan foram recentemente contratados para buscar potenciais compradores. 

Ao contrário das expectativas do mercado, a Totvs, que competiu com a Stone pela aquisição da Linx em 2020, não é a única interessada. Embora tenha demonstrado intenção de compra, a oferta da Totvs foi avaliada como abaixo do que a Stone considera adequado.

Em uma recente teleconferência de resultados, Dennis Herszkowicz, CEO da Totvs e ex-presidente da Linx, afirmou ter interesse no ativo. No entanto, a estratégia da Stone é focar em empresas que buscam consolidar o mercado de softwares de gestão empresarial voltados para verticais específicas na América Latina.

Fundos de private equity, como GIC e Advent, já iniciaram conversas preliminares, de acordo com fontes ligadas ao processo. Além disso, uma empresa estratégica que atua fora do Brasil nesse segmento também estaria interessada.

A Stone adquiriu a Linx por R$ 6,7 bilhões em 2020, com a expectativa de sinergias entre softwares e serviços financeiros. Contudo, a integração da Linx foi postergada devido a problemas enfrentados pela Stone, como o aumento da inadimplência e os custos relacionados à sua vertical de crédito.

A integração mais robusta da Linx começou no final de 2023, sob a liderança de Sandro Bassili, COO de software da Stone. A empresa decidiu focar em quatro das 12 verticais em que a empresa de softwares atua: varejo, farmacêutico, alimentar e postos de gasolina, áreas onde há maior potencial para a venda cruzada de produtos financeiros da Stone, como adquirência, banking e crédito.

As demais verticais da Linx, apesar de gerarem caixa, têm perfis de negócios menos alinhados com os da Stone. A empresa acredita que a venda cruzada de seus produtos pode ser feita mesmo que a Linx seja vendida, por meio de uma parceria estratégica com o futuro comprador.

Segundo fontes do setor, apesar da baixa integração, a Linx teve uma melhora significativa em seus resultados após a aquisição, impulsionada por medidas de eficiência operacional e redução de custos. A avaliação inicial é que o valor da Linx não seria muito diferente daquele de 2020, considerando o potencial de consolidação do mercado.

Além da venda da Linx, há especulações no mercado sobre uma possível venda da própria Stone. O Itaú BBA sugeriu uma fusão com o PagBank, e o Bradesco BBI mencionou o interesse do BTG. No entanto, de acordo com fontes, os acionistas da Stone não têm intenção de vender a empresa no momento, confiando na capacidade de crescimento projetada para o lucro até 2027, apesar do valuation atual.

Procurada pela Central do Varejo, a Stone afirmou que “não comenta rumores de mercado”.

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Imagem: Reprodução/Linx