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Mercados de Bairro têm Crescimento de 10% no Nordeste
Apesar da ascensão dos atacarejos, pequenos comércios tem se destacado no Nordeste, segundo levantamento da NIQ
Após um período marcado por alta inflação, onde os consumidores priorizavam preços nas compras domésticas, a comodidade está recuperando sua relevância no consumo. Esse comportamento reflete-se no crescimento dos mercadinhos de bairro ou mercados de proximidade em todo o país. Esses estabelecimentos, também conhecidos como mercados de vizinhança, possuem até 1.000 m² e oferecem uma menor variedade de produtos, porém, se destacam por estarem geograficamente próximos dos consumidores, atendendo às suas necessidades de reposição.
O Nordeste apresenta um aumento significativo no faturamento dos super pequenos em 2023, registrando uma alta de 10%, segundo a última Atualização Semanal do Varejo Moderno Brasileiro, divulgada pela NIQ. Esse índice é superior à média nacional, que é de 7,6%. Grandes nomes do setor supermercadista estão entrando e expandindo nesse segmento, como é o caso do Carrefour, que recentemente lançou a franquia Carrefour Express. Outras marcas como Minuto Pão de Açúcar e Mini Extra também estão focadas em atender a esse público.
Os mercados de proximidade oferecem um mix de produtos adaptado à cesta de compras do consumidor, baseado nos itens mais procurados. Além de conveniência, eles também disponibilizam opções como cereais, produtos matinais, macarrão, açúcar e outros itens para reposição e abastecimento doméstico. Alguns estabelecimentos até oferecem serviços adicionais, como padarias e restaurantes.
O crescimento dos mercados de proximidade complementa a expansão dos atacarejos, outro modelo de negócio popular atualmente. Enquanto os atacarejos atendem às compras maiores do mês, os mercados de vizinhança atendem às demandas de reposição, oferecendo conveniência aos consumidores. A localização estratégica é um dos pontos fortes desses mercados menores, já que eles ocupam espaços nas áreas centrais das cidades, próximos às residências e rotas diárias dos clientes, enquanto os atacarejos costumam estar mais afastados.
As regiões Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo têm sido destaque no desenvolvimento do segmento de super pequenos, associado ao cenário macroeconômico de redução da inflação e recomposição da renda, que leva os consumidores a diversificar suas compras. Embora grandes empresas, como o Carrefour e o GPA, já estejam investindo nesse formato, a expansão das lojas ainda é mais forte em outras regiões, mas espera-se que o mercado de proximidade ganhe ainda mais força em todo o país.
Imagem: Freepik