Economia
Pela primeira vez no ano, inflação é negativa em agosto
O IBGE divulgou nesta terça-feira os valores do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), revelando que em agosto houve recuo na inflação pela primeira vez desde julho de 2023. No ano, até agora, a inflação acumulada é de 2,85% e, nos últimos 12 meses, de 4,24%.
Os principais responsáveis pela diminuição da inflação foram a redução nos preços da energia elétrica residencial (-2,77%), e da alimentação no domicílio (-0,73%), que recuou pelo segundo mês seguido (após queda de 1,51% em julho).
“A principal influência veio da energia elétrica residencial, com o retorno à bandeira tarifária verde em agosto, onde não há cobrança adicional nas contas de luz, após a mudança para a bandeira amarela em julho”, afirmou o gerente da pesquisa, André Almeida para o IBGE.
No grupo Alimentação e bebidas (-0,44%), a alimentação no domicílio foi impactada principalmente por baixas nos itens batata inglesa (-19,04%), do tomate (-16,89%) e da cebola (-16,85%). Por outro lado, o mamão (17,58%), a banana-prata (11,37%) e o café moído (3,70%) tiveram alta.
“O principal fator que contribuiu para a queda nos preços foi uma maior oferta desses produtos no mercado por conta de um clima mais ameno no meio do ano, que favorece a produção desses alimentos, com maior ritmo de colheita e intensificação de safra”, destaca Almeida.
O grupo Transportes ficou estável em agosto (0,0%), com a maioria dos combustíveis em alta, enquanto as passagens aéreas caíram no preço (-4,93%). Esse movimento pode ser explicado pela volta do período das férias do meio do ano, que motivam alta nos preços das passagens.
Do lado dos grupos que tiveram alta, Artigos de residência (0,74%) e Educação (0,73%) foram os que mais se destacaram. Os itens plano de saúde (0,58%) e educação de nível superior (1,09%) também encareceram.
Em relação ao Índice Nacional de Preços do Consumidor (INPC), que mede o valor da cesta básica para famílias que recebem até cinco salários mínimos, houve deflação de 0,14% em agosto, segundo o IBGE.
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil