Economia
Setor de Foodservice deve crescer 7% ao ano até 2028
De acordo com uma pesquisa da Redirection International, empresa especializada em assessoria de Fusões & Aquisições (M&A), o foodservice deve crescer em média 7% ao ano até 2028. De acordo com o estudo, o desempenho previsto está acima da média anual de aproximadamente 6% registrada entre 2014 e 2023.
Segundo informações do Instituto Foodservice Brasil (IFB), em 2023, o mercado brasileiro era composto por aproximadamente 1,6 milhão de estabelecimentos em atividade, com faturamento de R$ 217,6 bilhões. “O Brasil tem um dos cinco maiores mercados de foodservice do mundo e uma de suas características é a alta fragmentação, com muitos pequenos e médios negócios em funcionamento. Atualmente as 10 maiores redes de restaurantes do Brasil representam entre 10 e 12% do mercado, enquanto em países mais desenvolvidos, como nos Estados Unidos, essa participação chega mais perto de 30%. Por isso entendemos que há um grande espaço para consolidação do seto”, analisa o economista Adam Patterson, sócio da Redirection International e um dos responsáveis pelo estudo.
O crescimento populacional nos centros urbanos, ampliação da modalidade de “delivery” e a transformação digital do setor estão entre os principais fatores que estimulam os negócios, de acordo com a pesquisa. Além disso, o aumento no consumo das famílias, a melhoria no índice de confiança do consumidor visto nos últimos meses e nos índices de emprego, também favorecem a expansão do segmento de alimentação fora de casa, que tem registrado uma participação cada vez maior de redes de franquias, bem como de Restaurantes de Serviço Completo (FSR), com presença das principais marcas do mercado em diferentes regiões do país.
Por outro lado, uma possível estagnação da economia pode segurar os investimentos no setor, que também tem que lidar com os altos custos operacionais e com as mudanças nos hábitos alimentares dos consumidores, que demandam mais resiliência dos empreendedores. “Este setor está se beneficiando da grande população urbana do Brasil, do aumento da renda disponível e da crescente preferência por refeições prontas. Desafios como altos custos operacionais, contratações de mão de obra e pressões inflacionárias devem ser gerenciados para manter o ímpeto”, alerta Adam Patterson.
O estudo aponta ainda que entre as tendências que devem estimular o crescimento do setor estão a implantação de soluções tecnológicas desde a cadeia de fornecimento até o atendimento ao cliente e a integração entre o físico e o digital, programas de fidelidade dos clientes, a busca por uma alimentação orgânica e mais saudável, bem como um aumento de preferência do consumidor por estabelecimentos socialmente responsáveis e ambientalmente sustentáveis, com políticas de desperdício zero.