E-commerce
Shein anuncia fábrica no Brasil e prevê criar 100 mil empregos
Nas últimas semanas, a gigante chinesa têm estado no centro do debate sobre o fim da isenção de impostos de remessas internacionais
A empresa chinesa Shein anunciou que irá construir uma fábrica no Brasil com o objetivo de gerar 100 mil empregos diretos e indiretos no país. A informação foi divulgada com exclusividade pela jornalista Miriam Leitão em seu blog no site do jornal O Globo. Nas últimas semanas, a gigante chinesa e outros marketplaces estrangeiros têm estado no centro do debate sobre o fim da isenção de impostos de remessas internacionais com valor menor que US$50.
A Shein é uma das maiores empresas de moda do mundo e atualmente possui uma rede de produção que envolve países como China, Índia e Bangladesh. Com a construção da fábrica no Brasil, a empresa pretende diversificar sua rede de produção, nacionalizando 85% dos produtos vendidos, e se beneficiar das vantagens competitivas que o país oferece, como a proximidade com os mercados da América do Sul e a mão de obra qualificada.
A decisão da Shein de investir no Brasil é vista como uma grande oportunidade para o país, que sofre com altos índices de desemprego e falta de investimentos estrangeiros. Segundo a jornalista Miriam Leitão, a construção da fábrica deverá gerar empregos diretos e indiretos em diversas áreas, como construção civil, transportes e serviços.
A Shein é uma das principais empresas de moda online do mundo, com uma base de clientes que ultrapassa os 200 milhões em todo o planeta. A companhia é conhecida por oferecer produtos de moda a preços acessíveis
O mercado nacional vem se queixando das condições desiguais de competição com empresas estrangeiras como a Shein. Em entrevista para a Central do Varejo, Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, declarou: “Não é que o varejo nacional está tendo dificuldade de concorrer com os chineses. É que eles não pagam imposto até um determinado valor. E a gente paga e gera emprego. Só que queremos ter as mesmas condições deles. É uma concorrência injusta.”
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