E-commerce
Consumidores optam por produtos mais baratos online
Mesmo com os gastos com e-commerece crescendo para quase US$ 332 bilhões nos primeiros quatro meses do ano, os compradores estão adquirindo produtos mais baratos em várias categorias
Apesar das condições econômicas flutuantes, as vendas online aumentaram 7% ano após ano entre 1º de janeiro e 30 de abril, totalizando US$ 331,6 bilhões, de acordo com um relatório da Adobe Analytics divulgado na últim quinta-feira. A Adobe prevê que as vendas do e-commerce no primeiro semestre do ano crescerão 6,8% em comparação com o ano passado, ultrapassando os US$ 500 bilhões. A parcela de produtos mais baratos aumentou “significativamente”, segundo o relatório, com os consumidores “optando por produtos mais baratos online”, em parte devido à inflação contínua.
Os produtos de cuidados pessoais registraram o maior aumento nas vendas ano após ano, com 96%, seguidos por eletrônicos (64%), vestuário (47%), casa e jardim (42%), móveis e roupas de cama (42%) e compras de supermercado (33%). Enquanto isso, outras categorias viram um crescimento menor nas vendas de produtos mais baratos, incluindo artigos esportivos (aumento de 28%), eletrodomésticos (26%), ferramentas e produtos de melhoria para casa (26%) e brinquedos (25%), descobriu a Adobe.
Analisando o final do ano, a Adobe prevê que as compras móveis dos consumidores continuarão. O relatório projeta que as compras móveis representarão 52,5% da receita de compras online durante a temporada de festas deste ano. No ano passado, a participação da receita das compras móveis durante as festas superou o desktop pela primeira vez. Os compradores também estabeleceram um “novo recorde” nos gastos com comércio eletrônico de 1º de novembro a 31 de dezembro, aumentando 4,9% ano após ano para US$ 222,1 bilhões.
Pesquisas realizadas no final do ano passado sugeriram que os compradores estavam abertos a comprar mais produtos online em 2024. Quase metade dos entrevistados em uma pesquisa de dezembro do Bank of America afirmou que planejavam gastar mais online no novo ano, sendo a conveniência o principal motivo dessa decisão. Além disso, quase 30% dos entrevistados citaram preços baixos como o recurso mais importante nas compras online.
As descobertas da Adobe fornecem mais contexto sobre como os consumidores estão gastando em meio à incerteza econômica. Por exemplo, a inflação continua a flutuar. A inflação teve um pequeno aumento de 3,2% ao ano em fevereiro para 3,5% em março, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor do Bureau of Labor Statistics dos EUA.
“Em um ambiente econômico imprevisível, os dados mais recentes da Adobe Analytics mostram uma resiliência contínua na economia digital, à medida que os consumidores abraçam novas categorias online”, disse Vivek Pandya, analista líder da Adobe Digital Insights, em comunicado. “Os produtos de supermercado se destacam, e a Adobe espera que nos próximos três anos, a categoria seja uma força dominante no comércio eletrônico, em pé de igualdade com eletrônicos e vestuário em participação na receita.”
Imagem: Envato
Informações: Tatiana Walk-Morris para Retail Dive
Tradução: Central do Varejo