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Fusões e aquisições em consumo e varejo caem no 1º semestre

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parceiros; consumo e varejo

O número de fusões e aquisições nas indústrias de consumo e varejo recuou 9,4% no primeiro semestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024. O levantamento é da KPMG e abrange 43 setores da economia. De janeiro a junho deste ano, foram registradas 58 operações, contra 64 no mesmo intervalo do ano passado.

Entre os sete segmentos analisados dentro do setor de consumo e varejo, três apresentaram desempenho negativo. O setor de embalagens teve a maior queda percentual, com recuo de 66,7%, passando de três operações no primeiro semestre de 2024 para apenas uma em 2025. O setor de alimentos, bebidas e fumo caiu 24,1% (de 29 para 22 operações), e supermercados registraram redução de 20% (de 15 para 12 transações).

Outros dois segmentos mantiveram estabilidade: lojas de varejo, com seis operações em cada semestre, e higiene, com três operações em ambos os períodos. Já os setores de hotéis e restaurantes e de vestuário e calçados apresentaram alta. O primeiro registrou 11 operações, um aumento de 37,5% em relação às oito realizadas no mesmo intervalo de 2024. O segundo passou de zero para três operações no período comparado.

Em relação ao tipo de operação, das 58 transações realizadas no primeiro semestre de 2025 no setor de consumo e varejo, 42 foram domésticas, ou seja, entre empresas brasileiras. As demais foram classificadas como transações transfronteiriças: nove do tipo CB1 (investimentos de estrangeiros em empresas brasileiras), cinco CB2 (investimentos de brasileiros em empresas estrangeiras), uma CB4 e uma CB5 (operações envolvendo empresas estrangeiras adquirindo empresas estrangeiras com presença no Brasil, e outros tipos específicos de estrutura).

Segundo Rodrigo Guedes, sócio da KPMG, apesar da queda no número de operações do setor de consumo e varejo ser relativamente baixa, os segmentos com maior correlação ao consumo das famílias apresentaram redução relevante. “O menor número de operações, especialmente em alimentos, bebidas e fumo, mais intensivos em capital, pode indicar uma preocupação dos investidores com o ainda alto custo de capital para investimentos de longo prazo no país”.

Imagem: Freepik

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