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Por que o parque indoor se tornou uma das operações mais promissoras do mercado de lazer

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Nos últimos cinco anos, o setor de lazer e entretenimento familiar entrou em uma nova fase no Brasil. Antes visto como um segmento altamente dependente de sazonalidade, grandes áreas físicas e custos operacionais elevados, hoje o setor vive um movimento de profissionalização, digitalização e, principalmente, franqueabilidade. Diante disso, um modelo de negócio se destaca pelo ritmo de crescimento: o parque indoor.

Impulsionados por mudanças no comportamento das famílias, pelo avanço de shoppings como centros de convivência e pela busca dos consumidores por experiências mais completas, os parques indoor deixaram de ser um espaço exclusivamente infantil e passaram a integrar propostas multigeracionais — de crianças a adultos, de festas infantis a eventos corporativos, de treinos funcionais a recreação.

Segundo a ABRAL – Associação Brasileira de Licenciamento de Marcas e Personagens, o setor de entretenimento familiar cresceu 11,4% em 2023 no país. Já o estudo “Top Attractions in South America”, da Statista, aponta que o mercado latino-americano de atrações indoor deve chegar a US$ 2,6 bilhões até 2027, impulsionado especialmente por operações de parque indoor dentro de shopping centers.

Ao mesmo tempo, o franchising brasileiro vive um dos melhores momentos da década. Dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising) mostram que o setor movimentou R$ 240 bilhões em 2023, com crescimento de 14,3% em relação ao ano anterior, e um dos destaques foi justamente a categoria de Entretenimento e Lazer, que avançou 18,2% no ano.

É nessa interseção entre lazer, experiência, escalabilidade e métricas de franchising que surge um dos cas3s mais representativos dessa nova fase: o Impulso Park, uma rede de parques indoor focada em trampolins, atrações radicais, esportes recreativos e experiências para todas as idades.

Por que o parque indoor ocupa o centro da nova tendência de consumo em família

O comportamento do consumidor explica boa parte da ascensão desse mercado. Durante e após a pandemia, as famílias brasileiras passaram a valorizar experiências afetivas e atividades fora do ambiente digital. A busca por entretenimento seguro, controlado e com propósito social cresceu exponencialmente.

Pesquisas recentes confirmam esse movimento:

  • 83% dos brasileiros afirmam preferir gastar dinheiro com experiências do que com produtos físicos — Fonte: Global Consumer Insights Pulse Survey, PwC, 2023.
  • O setor de entretenimento fora do lar deve crescer 7,2% ao ano até 2027 — Fonte: PwC Media Outlook 2023.
  • Em centros comerciais, as operações de lazer já representam até 22% da atração de fluxo em alguns shoppings — dado do ICSC (International Council of Shopping Centers).

Além disso, famílias urbanas enfrentam desafios estruturais: falta de segurança para brincar nas ruas, escassez de praças bem cuidadas, rotinas aceleradas e a necessidade de espaços onde adultos e crianças possam usufruir juntos.

É exatamente aqui que o parque indoor se torna estratégico. Esse formato oferece:

  • ambiente controlado, climatizado e seguro;
  • atrações para diversas idades;
  • possibilidade de consumo adicional (snacks, festas, eventos);
  • conveniência para os pais;
  • modelos de permanência mais longos — aumentando o ticket médio.

Segundo o Google Trends, a busca por “parque indoor” no Brasil cresceu 62% desde 2020, especialmente nas regiões Sudeste e Nordeste.

Por que o franchising adotou o parque indoor como oportunidade de expansão

O franchising encontrou no modelo de parque indoor um terreno fértil por cinco motivos principais:

1. Baixa concorrência em muitas cidades

Enquanto metrópoles já contam com operações consolidadas, cidades de médio porte estão desabastecidas. A maioria não possui nenhum parque indoor estruturado, o que cria uma oportunidade de entrada rápida com alta demanda reprimida.

2. Ticket médio alto e per capita favorável

Parques indoor têm tickets mais altos, dependendo do tempo de permanência e das atrações. Eventos, como festas infantis e locações de área, elevam o faturamento.

3. Operação replicável

Com padronização de layout, segurança, procedimentos e oferta de atrações, o parque indoor se torna altamente escalável, uma exigência essencial no franchising moderno.

4. Parceiros financeiros e shoppings mais abertos ao modelo

Shoppings brasileiros estão ampliando a participação de operações como parques indoor em suas estratégias de tenant mix, muitas vezes oferecendo condições facilitadas de locação para atrair fluxo.

5. Receitas múltiplas em uma única operação

Um parque indoor trabalha com diferentes linhas de receita:

  • bilheteria (playtime);
  • festas e eventos;
  • combos e produtos licenciados;
  • alimentação (quando integrada);
  • modalidades esportivas (funcional, trampolim, parkour);
  • parcerias corporativas e escolares.

Esse mix melhora o ROI e reduz a dependência de uma única fonte de faturamento.

O caso Impulso Park: um modelo de parque indoor que virou referência no franchising

Enquanto muitos players do mercado surgiram como operações isoladas, o Impulso Park nasceu desde o início com visão de rede, e isso fez diferença na fase de profissionalização.

Segundo informações da própria marca, o modelo Impulso Park foi estruturado com pilares claros:

  • Experiência radical com segurança total
  • Atrativos para todas as idades
  • Projetos arquitetônicos escaláveis
  • Operação padronizada e treinável
  • Economia de escala nos equipamentos

O parque indoor da Impulso Park inclui trampolins profissionais, paredes de escalada, circuitos ninja, piscinas de espuma, áreas baby, arenas esportivas e atrações que estimulam movimento, coordenação e interação.

A rede conseguiu unir duas forças que raramente aparecem juntas no segmento:

1. Entretenimento de alto impacto sensorial

Ambientes coloridos, fotos instagramáveis, grandes áreas de ação e uma comunicação jovem.

2. Eficiência operacional e foco em lucratividade

A marca desenhou procedimentos específicos para:

  • dimensionamento de operação por fluxo;
  • controle de segurança e manutenção;
  • gestão de equipes;
  • padrões de atendimento;
  • gestão de festas e eventos — uma das áreas mais rentáveis da operação.

Hoje, o Impulso Park é uma das referências no Brasil quando o assunto é parque indoor com expansão nacional e franquias formatadas.

Nem todo parque indoor é franqueável. Muitos não conseguem manter padronização de segurança, não têm metodologia operacional ou dependem de estruturas arquitetônicas que variam demais de um imóvel para outro. O Impulso Park se destaca porque resolveu esses três problemas:

1. Projeto arquitetônico modular

O layout das unidades foi pensado para ser adaptável a diferentes metragens e formatos de terreno. O projeto usa módulos que podem ser replicados, reduzindo o custo de implantação e padronizando a experiência.

Isso facilita expansão em:

  • shoppings;
  • galpões;
  • áreas de lazer anexas a academias ou clubes;
  • centros comerciais de bairro.

2. Atrações com manutenção sustentável

Um dos grandes desafios do setor é o custo de manutenção. A rede estruturou processos de inspeção diária e manutenções preventivas, reduzindo riscos e evitando o desgaste precoce dos equipamentos.

3. Ticket médio competitivo e receita diversificada

O modelo não depende exclusivamente da bilheteria. Suas linhas de receita permitem maior previsibilidade, especialmente porque festas infantis mantêm alta demanda e baixo cancelamento.

4. Estratégia de marketing nacional integrada

O Impulso Park trabalha com campanhas centralizadas, identidade visual unificada e protocolos de comunicação consistentes. Isso fortalece a marca à medida que a rede cresce, como ocorre com qualquer franquia de sucesso.

5. Demanda crescente por experiências ativas

O movimento global chamado “Active Entertainment” reúne operações que combinam lazer + atividade física. Ele cresceu 18% no mundo em 2023 — dados da IAAPA (International Association of Amusement Parks and Attractions).

Ou seja, o parque indoor se encaixa perfeitamente no comportamento do consumidor contemporâneo.

O futuro do parque indoor no Brasil

O Brasil é um dos países mais propensos a esse tipo de operação por três razões demográficas:

  1. A maior geração de crianças desde os anos 2000 está entrando na faixa de 5 a 12 anos — público central dos parques indoor.
  2. Shoppings seguem como principal destino de lazer de famílias urbanas (52% dos brasileiros os visitam mensalmente — Ibope).
  3. Cidades médias estão expandindo seu poder de consumo — 65% do consumo nacional já está fora das capitais (IBGE, 2023).

Além disso:

  • escolas buscam locais para excursões;
  • empresas estão investindo em ações internas de bem-estar (family day);
  • academias e clubes estão buscando integrar lazer para ampliar base de clientes.

Tudo isso coloca o parque indoor não apenas como negócio, mas como equipamento urbano de relevância crescente.

O consumidor mudou. A economia do entretenimento cresceu. Os shoppings se transformaram. As famílias buscam experiências seguras e completas. Empreendedores querem modelos de alto ticket e boa previsibilidade. Dentro desse ecossistema, o parque indoor se consolidou como uma das operações mais promissoras e alinhadas ao comportamento do consumidor.

Para quem estuda franchising, varejo e comportamento do consumidor, vale acompanhar de perto esse movimento. Tudo indica que estamos apenas no início da expansão dos parques indoor no Brasil.

Imagem: Envato

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