Economia
Em nota, Mobly nega acordo de fusão com Tok&Stok
Mobly nega acordo que uniria varejistas do setor de móveis e decoração
A Mobly, em nota, negou um possível acordo de fusão com a Tok&Stok. Na última semana, foi veiculado que a home24 e o Carlyle, controladores das duas varejistas de móveis e decoração, haviam fechado um acordo de união das marcas. O acordo faria com que os acionistas da Mobly tivessem 80% da nova marca, com os responsáveis pela Tok&Stok tendo 20% das ações.
Além disso, foi divulgado pela Pipeline, do Valor Econômico, que a home24 faria uma oferta de aquisição aos acionistas da Mobly após a transação, com o fundo Carlyle comprando mais 10% do negócio.
A notícia da possível fusão entre as empresas fez com que as ações da Mobly subissem 11,03% no pregão do último dia 5, sendo negociadas a R$ 4,33.
No entanto, a Mobly afirmou que, apesar de manter conversas com a Tok&Stok, nenhum acordo ou proposta vinculante a respeito de uma possível fusão ou acordo de negócios foi fechado até a presente data.
Além disso, a companhia informou que não há planos de realização de uma oferta pública de aquisição (OPA) por parte da home24 para os outros acionistas da empresa.
Mobly e Tok&Stok sofrem com prejuízos nos últimos anos
É preciso destacar que as duas empresas, Mobly e Tok&Stok, estão em momentos financeiros delicados. A segunda encerrou 2022 com um prejuízo de R$ 460,7 milhões, em contraste com um lucro líquido de R$ 53,7 milhões em 2021. Já a primeira, em situação menos pior, teve uma receita líquida 12% menor em 2022 comparada à de 2021. No segundo trimestre de 2023 não foi diferente com a receita sendo 13,8% menor que a do mesmo período do ano anterior.
Em junho deste ano, a Tok&Stok chegou a acordo com bancos credores para reestruturar a sua dívida financeira, que passa dos R$ 300 milhões. No mesmo período, a marca anunciou o fechamento de 17 lojas não rentáveis no país, e uma reorganização da sua gestão de caixa.
No mesmo mês, a empresa tinha sofrido outro choque: a loja que ficava no shopping Iguatemi de Ribeirão Preto sofreu ordem de despejo, decisão autorizada pela justiça. A dívida era de cerca de R$ 1 milhão em aluguéis não pagos.
A varejista afirmava que o impacto que a pandemia teve nos negócios gerou uma diminuição nas vendas de 80% a 90%, assim como aumento dos custos da operação e das taxas de juros.
Imagem: Envato