Economia

Ações da Macy’s crescem após oferta de compra bilionária

Loja de departamento americana cresce quase 20% após notícia de possível compra

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Loja da Macy's na Herald Square, nos Estados Unidos

De acordo com informações do Wall Street Journal, um grupo formado pelas gestoras Arkhouse Management e Brigade Capital Management fez uma oferta para adquirir a Macy’s, rede americana de lojas de departamento, por um valor estimado em US$ 5,8 bilhões.

A proposta avalia a varejista em cerca de US$ 21 por ação, um valor significativo em relação ao fechamento das ações da Macy’s na sexta-feira, que registraram um valor um pouco acima de US$ 17 e uma queda de aproximadamente 17% desde o início do ano. Contudo, após a divulgação da oferta, as ações da empresa tiveram um aumento de quase 20% na segunda-feira.

A Arkhouse, empresa especializada em investimentos imobiliários, e a Brigade Capital, gestora de ativos, manifestaram interesse em oferecer um lance superior após a devida análise dos detalhes da companhia. Esse grupo já estaria disposto a pagar um prêmio pela rede de lojas de departamento, que tem enfrentado dificuldades para competir com seus concorrentes online.

Em resposta ao declínio nas vendas, a Macy’s implementou diversas estratégias para atrair novamente os consumidores para suas lojas físicas. Em outubro, anunciou a abertura de 30 novas lojas em centros comerciais menores, buscando se afastar dos tradicionais shoppings.

Apesar dos esforços para se recuperar, as vendas da Macy’s diminuíram 7% no terceiro trimestre em comparação com o ano anterior.

O otimismo surgiu após a varejista superar as expectativas de Wall Street no último trimestre. No entanto, essa melhoria foi impulsionada principalmente pelas vendas de marcas subsidiárias da Macy’s, como Bloomingdale’s e Bluemercury, e não pela rede principal da empresa.

A Macy’s se tornou um alvo de aquisição devido ao declínio nas vendas e à concorrência não apenas de novos concorrentes online, mas também de marcas que preferem vender diretamente aos consumidores, em vez de usar lojas de departamento como intermediárias. Essa situação é semelhante ao que a Kohl’s enfrentou em 2022, quando recebeu várias ofertas de aquisição que, segundo ela, desvalorizavam seu negócio.

O setor varejista como um todo enfrentou desafios este ano, com taxas de juros voláteis e alta inflação afetando o poder de compra dos consumidores. No entanto, os gastos dos consumidores online têm sido resilientes, especialmente durante eventos como a Black Friday e a Cyber Monday. A expectativa para a temporada de festas, no entanto, permanece incerta, já que diversos varejistas americanos emitiram projeções cautelosas para o último trimestre do ano.

Loja da Macy's na Herald Square, nos Estados Unidos

Imagem: Divulgação

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