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Economia

Cresce em 0,8% a confiança do empresário do comércio

Resultado positivo de pesquisa da CNC interrompe sequência de quatro quedas consecutivas

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Mulher asiática organizando caixas em seu negócio D2C, usando avental azul; empresário do comércio

Em janeiro, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu 109,1 pontos, representando um aumento de 0,8% em comparação com o mês anterior. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), responsável pela medição do indicador, destacou que essa elevação interrompe uma sequência de quatro quedas consecutivas, sinalizando uma virada positiva nas perspectivas do varejo.

A melhoria na percepção sobre o consumo em janeiro foi apontada como um fator contribuinte para o aumento do otimismo, indicando que as condições de mercado estão alinhadas com as expectativas dos comerciantes, conforme destacado pela CNC em nota. José Roberto Tadros, presidente da CNC, considera a recuperação do Icec como um sinal positivo para o início de 2024, enfatizando “um otimismo moderado em conjunto com a melhora nas condições atuais do setor, embora com prudência diante do cenário atual.”

O destaque do período foi o crescimento de 4,5% na confiança dos empresários em relação às condições atuais do setor, em comparação com dezembro do ano anterior.

O indicador que reflete as expectativas dos empresários também apresentou um desempenho positivo, com um aumento de 0,3%, marcando a saída das taxas anuais negativas e indicando um retorno à estabilidade entre janeiro de 2024 e 2023.

Apesar desses sinais de otimismo, as intenções de investimento registraram um pequeno recuo de 0,1%, refletindo a cautela dos consumidores para os próximos meses. A CNC destaca que a queda nas intenções de investimento evidencia a prudência dos empresários em alocar mais capital na empresa antes de confirmar sua confiança, indicando um ambiente de incerteza econômica.

O setor de bens essenciais liderou o crescimento na confiança do empresário do comércio em janeiro, com um aumento de 3,8% nas séries ajustadas sazonalmente. Os produtos duráveis também apresentaram um crescimento de 1,6%, beneficiados pelos juros mais baixos. No entanto, a atividade de bens semiduráveis foi a única em queda, retratando uma retração de 1,2% no mês, possivelmente relacionada ao foco das famílias em bens essenciais.

Apesar do ambiente favorável com a redução da taxa de juros, os empresários do setor de bens duráveis ainda enfrentam desafios devido ao controle rigoroso do orçamento pelas famílias, impactando as intenções de investimento. O economista-chefe, Felipe Tavares, ressalta que, diante das dívidas, as famílias limitam seus gastos para evitar a inadimplência, o que influencia negativamente nas perspectivas de investimento desses comerciantes.

Mulher asiática organizando caixas em seu negócio D2C, usando avental azul; empresário do comércio

Imagem: Envato