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Crescimento das vendas de fim de ano nos EUA deve desacelerar; e-commerce seguirá forte

Em meio à continuidade da incerteza econômica que pressiona os consumidores, as vendas de fim de ano nos Estados Unidos devem crescer em 2025 no ritmo mais lento desde a pandemia.
A previsão é do relatório anual da Deloitte sobre o varejo no período de festas de fim de ano, que projeta um crescimento entre 2,9% e 3,4% nas vendas entre novembro de 2025 e janeiro de 2026. O faturamento total deve atingir entre US$ 1,61 trilhão e US$ 1,62 trilhão. Para comparação, no mesmo período do ano anterior, as vendas cresceram 4,2%, totalizando US$ 1,57 trilhão, segundo o U.S. Census Bureau.
Apesar do ritmo mais lento no geral, o e-commerce deve manter um crescimento “saudável”, com alta entre 7% e 9% na comparação anual, totalizando de US$ 305 bilhões a US$ 310,7 bilhões. No período de festas do ano passado, as vendas online ajustadas sazonalmente (excluindo postos de gasolina, concessionárias de veículos e serviços alimentares) cresceram 8%, chegando a aproximadamente US$ 285 bilhões.
“Nossa projeção antecipa que as vendas online continuarão fortes, à medida que os consumidores seguem aproveitando promoções na internet para maximizar seu poder de compra”, afirmou Natalie Martini, vice-presidente da Deloitte e líder do setor de varejo e produtos de consumo nos Estados Unidos. “Os varejistas que mantiverem o foco em oferecer valor ao longo da temporada terão uma excelente oportunidade de gerar crescimento neste momento que continua sendo crítico para seus negócios.”
A Deloitte também prevê que a renda pessoal disponível dos consumidores cresça entre 3,1% e 5,4% durante o período de festas. Segundo a consultoria, o crescimento da renda disponível tem se mostrado um bom indicador para o desempenho das vendas no varejo e no e-commerce.
“Um crescimento estável da renda pode ajudar a compensar parte da incerteza econômica, incluindo eventuais fraquezas no mercado de trabalho e o peso das dívidas com cartões de crédito e empréstimos estudantis sobre os gastos dos consumidores”, explicou Akrur Barua, economista da Deloitte Insights. “Embora a inflação elevada deva impactar o volume de vendas no varejo, ela ainda deve funcionar como um impulso para o valor em dólares das compras realizadas durante a temporada.”
Imagem: Freepik
Informações: Marianne Wilson para CSA
Tradução livre: Central do Varejo