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Foodservice bate recorde de faturamento no segundo trimestre, porém, com menor frequência de consumo

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Segundo uma pesquisa do Instituto Foodservice Brasil (IFB), realizada pela Gouvêa Inteligência, o setor de foodservice brasileiro atingiu R$ 62,4 bilhões em faturamento no segundo trimestre de 2025, o maior valor já registrado. Porém, o setor enfrentou retração no tráfego de consumidores, que caiu 5% em relação ao mesmo período de 2024.

Esse resultado reflete o aumento do ticket médio, que cresceu 7%, chegando a R$ 21,07 por transação. Por outro lado, essa alta não foi acompanhada por crescimento de visitas: o setor registrou 3,0 bilhões de transações, marcando a maior queda de tráfego dos últimos 18 meses.

Esse resultado reflete o aumento dos preços e um esforço do consumidor para economizar. A análise aponta que os consumidores estão gastando mais por visita, mas reduzindo sua frequência. O comportamento reflete o cenário de inflação persistente e maior seletividade no consumo fora do lar.

“Nunca tivemos um gasto tão elevado, mas a queda no número de visitas indica um desafio estrutural para toda a cadeia de alimentação fora do lar”, afirma Ingrid Devisate, co-fundadora e Diretora Executiva do IFB.

Perfil de consumo

Na análise por regiões, o foodservice teve retração no Sudeste, enquanto o Nordeste manteve crescimento, confirmando a resiliência do consumo na região. Do ponto de vista das classes sociais, a Classe B foi a única a mostrar avanço, enquanto a Classe C caiu para seu menor nível em um 2º trimestre desde 2022.

Entre os canais analisados, todos tiveram retração, com exceção do Delivery, crescendo 11% em relação a 2024 apenas no 2º trimestre. Considerando os 12 meses acumulados até junho de 2025, o canal foi também o único a registrar aumento consistente tanto em tráfego quanto em gasto médio.

O estudo indica que o Delivery ganhou força especialmente nos almoços e períodos noturnos, além de manter crescimento em todos os dias da semana, com exceção das sextas-feiras e domingos – dias de maior representatividade no setor. O avanço foi sustentado principalmente pelas classes B e C e pelas regiões Sudeste e Nordeste.

“O consumidor está cada vez mais conectado e exigente. O Delivery se consolidou como um canal estratégico e continuará sendo o motor de crescimento, desde que as empresas saibam equilibrar conveniência, preço e experiência”, destaca Devisate.

Imagem: Envato

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