Economia

Inflação dos alimentos desacelera, mas consumidor ainda reduz volume de compras

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Estudo da Scanntech sobre o desempenho do varejo alimentar no primeiro semestre de 2025 aponta que, apesar da desaceleração da inflação dos alimentos, os consumidores brasileiros continuam cautelosos nas compras. O levantamento mostra que o faturamento do setor cresceu 5,8% em comparação com o mesmo período de 2024, mas as vendas em unidades recuaram 1,4%. O principal fator para o crescimento do faturamento foi o aumento de 7,3% nos preços.

A cesta de Perecíveis foi a única a apresentar crescimento em volume, impulsionada pelas categorias de frutas, legumes, verduras e ovos. Já a Mercearia Básica foi a que mais retraiu, impactada pelo maior aumento de preços entre os grupos analisados.

A análise do comportamento de compra indica que o consumidor está gastando mais a cada visita aos pontos de venda. O ticket médio subiu 6,2%, enquanto o número de itens por compra caiu 1% e a frequência de visitas teve retração de 0,4%.

Esses dados refletem o cenário econômico atual, com aumento da inadimplência, juros elevados e queda de 0,8 ponto percentual no Índice de Confiança do Consumidor da Fundação Getulio Vargas (FGV) em relação a maio.

“Além das altas recorrentes nos preços dos alimentos, há outros fatores externos que afetam o poder de compra e impactam diretamente o orçamento destinado às compras do mês. Isso faz com que ele adote estratégias mais racionais em frente à gôndola, como trocar produtos por similares mais baratos ou levar apenas o essencial para aquele momento, evitando ainda mais pressão sobre o bolso. Mesmo com os dados apontando uma desaceleração da inflação, essa mudança ainda não foi percebida de forma significativa pelo consumidor”, afirma Priscila Ariani, Diretora de Marketing da Scanntech.

Segundo a análise mês a mês, somente janeiro e abril registraram crescimento no volume de unidades vendidas, sendo abril impulsionado pela Páscoa. Nos demais meses, houve retração. Em março e junho, as quedas foram mais acentuadas, ambas de 4,1%. Nesses dois meses, o faturamento teve crescimento mais moderado, com variações de 1,3% e 3,2%, respectivamente.

Imagem: Envato

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