Operação

Marcas próprias ganham força nos supermercados

Publicado

on

linha de frente; marcas próprias supermercados

As marcas próprias vêm ampliando sua participação nas gôndolas dos supermercados brasileiros e se consolidando como um dos pilares de competitividade no setor. Combinando preços mais acessíveis e qualidade, a estratégia tem conquistado consumidores e impulsionado resultados das redes varejistas em um cenário de maior atenção aos gastos.

De acordo com a NielsenIQ, 34% dos lares brasileiros já consomem produtos de marca própria. O avanço é impulsionado pela diversificação das linhas, que vão desde itens básicos até produtos premium, veganos, orgânicos e destinados a restrições alimentares específicas.

Segundo o presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), Fábio Queiróz, a percepção sobre esse tipo de produto mudou. “Hoje, não se trata apenas de oferecer um preço mais acessível. As marcas próprias entregam qualidade, diversidade e exclusividade, o que fideliza o cliente e melhora sua experiência de compra. É um ganho para todos”, afirma.

A economia para o consumidor pode chegar a 30% em comparação a produtos líderes de mercado. Além disso, muitos itens são produzidos pelos mesmos fornecedores das grandes marcas e passam por rigorosos testes de qualidade, fator que reforça a confiança do consumidor.

Estratégia das redes varejistas

Para as redes, o modelo representa maior controle sobre margens de lucro, flexibilidade para adaptar o portfólio ao comportamento regional e autonomia na definição de preços, embalagens e campanhas. No entanto, a implementação exige atenção em etapas como a escolha de fornecedores, adequação legal, logística e padronização de qualidade em todas as unidades.

Grandes grupos do varejo nacional já operam com linhas de marca própria em diferentes segmentos. Entre os exemplos estão Qualitá e Taeq (Grupo Pão de Açúcar), Carrefour, Princesa e Cencosud Prezunic. Fora do setor supermercadista, empresas como Panvel, RaiaDrogasil e Drogaria São Paulo também investem em marcas próprias na área farmacêutica, enquanto a Decathlon se destaca no setor esportivo.

“O consumidor moderno está mais exigente e mais consciente. Ele quer produtos bons, com preço justo e alinhados aos seus valores. As marcas próprias, quando bem trabalhadas, conseguem entregar tudo isso. É uma oportunidade de consumo inteligente e um diferencial competitivo importante para o varejo”, destaca Queiróz.

Perspectivas

Para o presidente da ASSERJ, o movimento deve se intensificar. “O futuro das marcas próprias é extremamente promissor. Os supermercados entenderam que essa é uma forma de gerar valor para o consumidor e, ao mesmo tempo, fortalecer sua posição competitiva. É uma relação ganha-ganha, onde o cliente tem acesso a produtos de qualidade com preços justos, e o varejo ganha em fidelização e performance”, conclui.

Com a consolidação desse modelo, as marcas próprias passam a representar não apenas uma opção de economia, mas também um elemento de identidade e compromisso das redes com os consumidores, reforçando sua posição estratégica no varejo brasileiro.

Imagem: Envato

Continue Reading
Comente aqui

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *