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Economia

Mudanças climáticas podem diminuir em 19% renda global

O estudo publicado na Revista Nature sobre mudanças climáticas se refere a danos já feitos ao meio-ambiente

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Terra seca e rachada ilustra crise climática.

De acordo com um estudo publicado ontem pela revista Nature, as mudanças climáticas podem reduzir em até 19% a renda global até 2050. Em números, isso significa uma queda de 38 trilhões de dólares por ano a nível global. 

O estudo foi feito na Alemanha pelo Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático com base na análise de 1600 regiões do mundo nos últimos 40 anos. Os resultados apontados pela pesquisa dizem respeito às emissões de gases poluentes já feitas. Ou seja, ainda que os melhores cenários de mudança energética aconteçam, a previsão ainda deve se manter. Caso a “inércia social e econômica”, como o estudo chama, continue, os impactos podem ser ainda maiores.

Os prejuízos com as mudanças climáticas até 2050 serão seis vezes mais que os recursos que deveriam ser investidos na contenção do aquecimento da terra em 2ºC, segundo o Acordo de Paris.

Injustiça Climática

Mesmo que todos os países do mundo devam ser prejudicados, os países do Sul global, coincidentemente os mais pobres, incluindo o Brasil, são os mais vulneráveis. Além disso, o os impactos econômicos devem agravar ainda mais a injustiça climática, uma vez que países ricos podem ter mais recursos para manejar os prejuízos.

No Brasil, as projeções são ainda piores: no tempo observado, é estimado que se perca 21,5% da renda do País. Todas as regiões devem ser afetadas, segundo a pesquisa, porém, os danos econômicos podem chegar a 25% nas regiões Norte e Centro-Oeste.

“Fortes reduções de renda estão projetadas para a maioria das regiões, incluindo América do Norte e Europa, com o Sul da Ásia e a África sendo os mais afetados. Isso é causado pelo impacto das mudanças climáticas em diversos aspectos relevantes para o crescimento econômico, como rendimentos agrícolas, produtividade do trabalho ou infraestrutura”, disse Maximilian Kotz, principal autor do trabalho (Via Observatório do Clima).

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