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Economia

Preços dos alimentos aumentam e pressionam inflação de janeiro que fecha em 0,42%

Batata inglesa, cenoura, feijão, arroz e frutas foram os itens que mais tiveram aumento no bolso do consumidor

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Vegetais na prateleira do supermercado

De acordo com o Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo IBGE ontem, a inflação oficial do mês de janeiro teve alta de 0,42%. Apesar da variação positiva, o aumento ficou abaixo do registrado em dezembro do ano passado, de 0,53%. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,51%, abaixo dos 4,62% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

O principal motivo foi o aumento significativo de 1,38% no grupo de Alimentação e Bebidas, com impacto de 0,29 pontos percentuais no índice. O resultado segue tendência de alta registrado em dezembro, quando houve variação de 1,11%. Esse é o patamar mais alto para alimentação e bebidas em janeiro desde 2016, quando estava em 2,28%.

Alimentação

A alimentação no domicílio subiu 1,81%, influenciada pelas altas da cenoura (43,85%), da batata-inglesa (29,45%), do feijão-carioca (9,70%), do arroz (6,39%) e das frutas (5,07%).

“O resultado de janeiro tem, assim como em dezembro, o grupo alimentação e bebidas como principal impacto. O aumento nos preços dos alimentos é relacionado principalmente à temperatura alta e às chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida (Via IBGE).

A alimentação fora do domicílio (0,25%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,53%). Tanto o lanche (0,32%) quanto a refeição (0,17%) tiveram altas menos intensas que em dezembro (de 0,74% e 0,48%, respectivamente).

“Historicamente, há uma alta dos alimentos nos meses de verão, em razão dos fatores climáticos, que afetam a produção, em especial, dos alimentos in natura, como os tubérculos, as raízes, as hortaliças e as frutas. Neste ano, isso foi intensificado pela presença do El Niño”, destaca André (Via IBGE).

Transportes

O outro grupo que teve mais impacto na inflação foi o de Transportes, com variação negativa (-0,65%), com influência de -0,14 pontos percentuais no índice. Esse resultado foi motivado pela diminuição no preço das passagens aéreas, em -15,22%. Em relação aos combustíveis (-0,39%), houve recuo nos preços do etanol (-1,55%), do óleo diesel (-1,00%) e da gasolina (-0,31%), enquanto o gás veicular (5,86%) registrou alta. 

“Como a gasolina é o subitem de maior peso individual no IPCA, essa queda de preços em janeiro ajudou a conter o resultado geral do índice”, analisa o gerente do IBGE.

Imagem: Envato

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