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Economia

Supermercados vendem 3% a mais em 2023, diz ABRAS

Resultado de dezembro foi alta de 18% em relação a novembro

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Casal de homem e mulher de pele negra fazendo compras; supermercados

O ano de 2023 encerrou com um aumento significativo no consumo nos lares brasileiros, registrando uma alta de 3,09% nas vendas dos supermercados em comparação com o mesmo período do ano anterior. Na comparação entre dezembro e novembro, o indicador apresentou um crescimento de 18%, marcando o maior resultado dos últimos 24 meses, desde dezembro de 2021 (22,47%). Esses dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) em seu acompanhamento mensal.

Ao analisar o comparativo entre dezembro de 2023 e dezembro de 2022, observou-se uma elevação de 10,73%. O levantamento abrange todos os formatos e canais operados pelos supermercados, sendo os indicadores ajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan, destaca que a menor inflação nos preços dos alimentos para consumo doméstico, em comparação com o consumo fora de casa, foi crucial para o crescimento do consumo das famílias ao longo do ano. 

Ele ressalta que esse impulso foi impulsionado principalmente pela carne bovina, “sinalizando uma recomposição de renda, do crescimento do emprego, da consolidação dos programas de transferência de renda e de outros recursos que movimentaram a economia ao longo do ano, como o pagamento dos precatórios”.

No mês de dezembro, os principais aportes na economia incluíram o pagamento da segunda parcela do 13º salário para cerca de 87,7 milhões de trabalhadores do mercado formal, repasses do Bolsa Família (R$ 14,25 bilhões), Auxílio Gás (R$ 562,9 milhões), lote residual de Restituição de Imposto de Renda (R$ 370,5 milhões) e pagamentos de Requisições de Pequeno Valor e precatórios do INSS (R$ 27,2 bilhões).

Destacando o cenário econômico do primeiro semestre de 2023, foram notáveis os recursos de aproximadamente R$ 85,4 bilhões provenientes dos programas de transferência de renda do governo federal, como o Bolsa Família (Primeira Infância) e o Benefício Variável Familiar. Reajustes do salário-mínimo, reajustes de bolsas educacionais, reajustes de servidores civis, resgate do PIS/Pasep, ampliação da isenção do imposto de renda e outros fatores contribuíram para dinamizar o consumo nos lares ao longo do ano.

No segundo semestre, o consumo doméstico foi impulsionado pelo pagamento do 13º dos trabalhadores com carteira assinada, lotes de restituições do Imposto de Renda 2023, recursos dos programas de transferência de renda, pagamentos de precatórios e Requisições de Pequeno Valor para aposentados e pensionistas do INSS, além do Piso Nacional da Enfermagem.

De acordo com a pesquisa da ABRAS, o setor supermercadista teve um papel ativo, aportando recursos em 158 lojas a mais em comparação com o ano anterior, totalizando 666 lojas ao final de 2023, das quais 382 eram novas e 284 foram reinauguradas. O formato de supermercado teve um crescimento mais expressivo, com 220 novas lojas, comparado ao atacarejo, que inaugurou 162 lojas. Em 2022, foram abertos 174 supermercados e 167 atacarejos.

Imagem: Envato

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