Investimentos
Uber vai adquirir Foodpanda em Taiwan por US$ 950 milhões, criando um possível monopólio
O acordo em dinheiro está previsto para ser concluído no primeiro semestre de 2025, disseram as empresas em um comunicado conjunto na segunda-feira (13)
A Uber vai adquirir o negócio de Taiwan da Foodpanda, pertencente à Delivery Hero, por US$ 950 milhões em dinheiro, enquanto a Foodpanda foca em outros mercados. O acordo, sujeito à aprovação regulatória, deve ser concluído no primeiro semestre de 2025, disseram as empresas em um comunicado conjunto na segunda-feira.
Em um acordo separado, a Delivery Hero venderá US$ 300 milhões em ações para a Uber.
“Precisamos concentrar nossos recursos em outras partes de nossa presença global, onde sentimos que podemos ter o maior impacto para clientes, fornecedores e motoristas”, disse Niklas Östberg, co-fundador e CEO da Delivery Hero.
Pierre-Dimitri Gore-Coty, vice-presidente sênior de entrega da Uber, disse que o mercado de Taiwan é “extremamente competitivo” e a aquisição os ajudaria a crescer no mercado “onde as plataformas de entrega de comida online ainda representam apenas uma pequena parte do cenário de entrega de comida.”
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A Foodpanda é uma das maiores plataformas de entrega de comida e supermercado online na Ásia, com presença em mercados como Singapura, Malásia, Tailândia, Filipinas e Hong Kong. Em 2016, a Delivery Hero, da Alemanha, adquiriu a empresa.
O mercado de entrega de comida de Taiwan é dominado pela Foodpanda e Uber Eats. Dados da plataforma de insights Measurable AI até agosto revelaram que a Foodpanda tinha uma participação de mercado de 52% por volume de pedidos em Taiwan, enquanto o Uber Eats detinha os restantes 48%.
O acordo seria uma das maiores aquisições internacionais em Taiwan, excluindo aquelas na indústria de chips de semicondutores, de acordo com o comunicado conjunto.
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A Delivery Hero disse em fevereiro que encerrou as negociações para vender seu negócio da Foodpanda em determinados mercados do sudeste asiático. Östberg disse à CNBC no mesmo mês que a empresa estava “feliz” em manter seu negócio da Foodpanda no sudeste asiático “para sempre”.
Imagem: Envato
Informações: Sheila Chiang, Ryan Browne e Dylan Butts para CNBC
Tradução: Central do Varejo