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Varejistas brasileiras tem desempenho variado no 2º trimestre

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Assaí Atacadista; trimestre

As empresas varejistas que divulgaram seus resultados do segundo trimestre de 2025 apresentaram desempenhos diversos, com parte delas reportando crescimento expressivo no lucro, enquanto outras enfrentaram queda nos resultados líquidos. Confira, a seguir, alguns dos balanços apresentados pelas empresas.

Assaí aumenta lucro em 60%

O Assaí registrou lucro líquido de R$ 264 milhões no segundo trimestre, alta de 60% em relação ao mesmo período de 2024. A companhia atribuiu o desempenho à maturação de lojas abertas nos últimos anos, ao crescimento das vendas e à disciplina na gestão de despesas.

A receita líquida somou R$ 19 bilhões, avanço de 6,3%, impulsionada por crescimento de 4,6% nas vendas em mesmas lojas e pela contribuição de unidades inauguradas nos 12 meses anteriores. O Ebitda ajustado foi de R$ 1 bilhão, aumento de 11,8% na base anual, com margem de 5,7%, o melhor desempenho para um segundo trimestre desde 2021.

A dívida líquida caiu para R$ 11,7 bilhões, redução de R$ 200 milhões em relação ao mesmo período de 2024, e o índice de alavancagem recuou de 3,65 vezes para 3,17 vezes. A empresa não inaugurou novas lojas no semestre, mas prevê abrir dez unidades em 2025.

C&A cresce lucro e conclui resgate de parceria financeira

A C&A reportou lucro líquido de R$ 200,3 milhões no segundo trimestre, alta de 138,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado foi influenciado pelo aumento das vendas, controle de despesas e pela conclusão da alienação da carteira legado ligada à parceria com a Bradescard, encerrada recentemente.

Segundo a empresa, o encerramento da parceria firmada em 2009 envolveu a recompra dos direitos de oferta de produtos e serviços financeiros por R$ 650,6 milhões e a alienação da carteira remanescente por R$ 170 milhões.

A receita líquida consolidada foi de R$ 2,058 bilhões, crescimento de 12,4% na comparação anual. No segmento de vestuário, o crescimento foi de 17,4%, com R$ 1,7 bilhão. “As temperaturas mais baixas desde abril contribuíram para a dinâmica positiva de vendas”, informou a companhia.

O Ebitda ajustado (pré IFRS-16) foi de R$ 315,9 milhões, alta de 29,8%, com margem de 15,3%, expansão de 2,1 pontos percentuais.

Magazine Luiza tem queda de 95% no lucro ajustado

O Magazine Luiza apresentou lucro líquido ajustado de R$ 1,8 milhão no segundo trimestre de 2025, queda de 95,3% em comparação aos R$ 37,4 milhões registrados em 2024. Sem os ajustes, o resultado foi um prejuízo líquido de R$ 24,4 milhões, revertendo lucro de R$ 23,6 milhões no ano anterior.

A companhia destacou que os ajustes incluíram provisões para perdas e reestruturação, com destaque para uma provisão de R$ 26,5 milhões relacionada à carteira de crédito direto ao consumidor, conforme acordo com BID e IFC.

Segundo a diretora de relações com investidores, Vanessa Rossini, o aumento da taxa Selic impactou o resultado financeiro. “A companhia conseguiu mitigar boa parte do impacto da Selic, por meio da geração de caixa, do foco em rentabilidade e da diversificação do ecossistema. Ainda assim, o aumento dos juros foi muito expressivo e acabou afetando o resultado final.”

O Ebitda ajustado foi de R$ 726,7 milhões, alta de 2,3%, com margem de 8%. A receita líquida cresceu 1,4%, totalizando R$ 9,134 bilhões, enquanto o lucro bruto ficou em R$ 2,79 bilhões, com margem de 30,5%.

Vivara mantém crescimento em dois dígitos

A joalheria Vivara alcançou receita líquida de R$ 761 milhões no segundo trimestre, alta de 16% em relação ao mesmo período de 2024. As vendas em mesmas lojas cresceram 11%. A empresa também registrou crescimento nas vendas digitais, com alta de 15,1%.

O faturamento bruto totalizou R$ 969,7 milhões, avanço de 15,9%, impulsionado pelo desempenho das lojas físicas, especialmente da linha Life.

A margem bruta foi de 70,6%, avanço de 1,8 ponto percentual, enquanto a margem Ebitda chegou a 25,5%, crescimento de 0,5 ponto percentual. “Os resultados do segundo trimestre reafirmam a consistência da nossa estratégia e a força da nossa marca”, afirmou Elias Leal, CFO da Vivara.

Grendene amplia lucro em mais de 200% com foco nas exportações

A Grendene reportou lucro líquido recorrente de R$ 185,5 milhões no segundo trimestre, aumento de 200,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita líquida cresceu 15,6%, alcançando R$ 555,3 milhões.

O desempenho foi impulsionado pelas exportações de calçados, que registraram crescimento de 88% no período. O volume total de pares vendidos aumentou 1,2%, com 27 milhões de unidades comercializadas, sendo 4,1 milhões no exterior.

A receita bruta total foi de R$ 756,2 milhões, avanço de 25,1%, sendo R$ 572,5 milhões provenientes do mercado interno. “Mesmo diante de um cenário macroeconômico, que segue desafiador por conta do menor dinamismo do consumo no mercado interno e volatilidade no ambiente internacional, a Grendene demonstrou resiliência operacional”, afirmou Alceu Albuquerque, diretor financeiro e de relações com investidores da companhia.

Stone eleva lucro e revisa projeções para 2025

A Stone&Co teve lucro líquido ajustado de R$ 631 milhões no segundo trimestre, crescimento de 27% em relação ao ano anterior. A receita das operações continuadas, que desconsidera ativos de software em processo de venda, foi de R$ 3,5 bilhões, alta de 20%.

O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) das operações consolidadas atingiu 22%, crescimento de mais de nove pontos percentuais em relação ao segundo trimestre de 2024.

Após a venda da unidade de software Linx para a Totvs, a companhia revisou suas projeções para o ano: agora estima lucro bruto ajustado acima de R$ 6,37 bilhões e lucro por ação (EPS) ajustado superior a R$ 9,6. No primeiro semestre, o lucro bruto ajustado foi de R$ 3,05 bilhões e o EPS, de R$ 4,3.

“Em um cenário macroeconômico mais desafiador, entregamos mais um trimestre consistente, com disciplina na gestão de capital e forte geração de caixa”, disse Pedro Zinner, CEO da Stone.

Azzas 2154 tem salto de 408% no lucro

O grupo Azzas 2154, dono de marcas como Farm Rio, Animale e Arezzo, registrou lucro líquido contábil de R$ 537,7 milhões no segundo trimestre, aumento de 408,2% em relação ao mesmo período de 2024. A receita bruta somou R$ 3,6 bilhões, com alta de 10,3% nas marcas continuadas. O destaque do período foi a unidade Fashion & Lifestyle Women, que cresceu 20,1%, impulsionada pela Farm Rio, tanto no mercado interno quanto no internacional.

O Ebitda recorrente (pré IFRS-16) atingiu R$ 461,4 milhões, alta de 8% na base anual, com margem de 15,9%. Considerando os efeitos do IFRS-16, o Ebitda totalizou R$ 535,6 milhões, 9% acima do segundo trimestre de 2024. A margem Ebitda recorrente (pós IFRS-16) chegou a 18,5%, o maior nível histórico da companhia. “Alcançamos resultados sólidos no segundo trimestre de 2025 e avançamos de forma significativa na nossa agenda de governança”, afirmou o CEO Alexandre Birman.

Com informações de InfoMoney
Imagem: Divulgação

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