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Varejistas intensificam uso de IA, apesar de preocupações com confiabilidade

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Under Armour; IA

O setor de varejo está repleto de adotantes de inteligência artificial, e muitos já exploram ferramentas como os agentes de IA mesmo diante de preocupações crescentes sobre confiabilidade, segundo pesquisa da Monday.com com mais de 1.800 líderes de varejo em todo o mundo, publicada na terça-feira (26).

Mais de 3 em cada 5 líderes do setor afirmam se preocupar com a consistência e a qualidade das respostas geradas. Muitos varejistas também enfrentam barreiras de adoção, como preocupações com privacidade e dados, complexidade de integração, risco de afastar clientes, altos custos de implementação e resistência de funcionários.

Apesar dos obstáculos, os executivos do varejo demonstram confiança no potencial da tecnologia a longo prazo. Quase dois terços dos entrevistados disseram que empresas que não adotarem agentes de IA nos próximos dois anos correm o risco de ficar para trás. Mais da metade dos varejistas espera que a maior parte das interações com clientes seja conduzida por IA dentro de cinco anos.

Os investimentos em IA aumentaram neste ano, à medida que pressões econômicas levam os líderes de negócios a otimizar custos e agilizar operações. Com projeções de crescimento mais lento até o fim do ano, muitas companhias enxergam a tecnologia como uma alavanca para mitigar desafios e melhorar experiências.

Under Armour aposta em automações

A Under Armour destacou os benefícios de suas iniciativas em IA no início deste mês, durante a divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2026.

“A IA está se tornando cada vez mais integrada ao negócio, aprimorando design, planejamento e previsão”, disse Kevin Plank, fundador, presidente e CEO da Under Armour.

Segundo Plank, para melhorar as operações a companhia está migrando de funções isoladas para equipes colaborativas, com indicadores de desempenho compartilhados e dados em tempo real.

“Após dois anos de desenvolvimento de dados e plataformas, temos mais de 80 automações que estão agilizando fluxos de trabalho, reduzindo o tempo de lançamento no mercado e aprimorando a execução — desde precificação preditiva até gestão de estoque em tempo real”, afirmou.

A Under Armour passa por um processo de reestruturação em resposta a quedas expressivas de receita. A empresa reportou uma retração de 10% no faturamento e prejuízo líquido de US$ 305 milhões.

Advance Auto Parts acelera uso de tecnologia

A Advance Auto Parts também aposta em tecnologia para enfrentar desempenho abaixo do esperado. Embora a companhia tenha reduzido suas projeções para o ano e apresentado resultados mistos no segundo trimestre de 2025, executivos destacaram o papel da tecnologia em iniciativas ligadas à experiência em loja, como a implantação de um novo modelo de gestão de sortimento.

“Conseguimos acelerar essa implementação aproveitando ferramentas tecnológicas avançadas, incluindo o uso de IA”, afirmou Shane O’Kelly, presidente, CEO e diretor da companhia, durante a teleconferência. “Essas ferramentas inovadoras estão nos permitindo introduzir maior inteligência no processo de planejamento de sortimento, que tradicionalmente era feito de forma manual.”

A empresa já aplicou o modelo em seus 30 principais mercados designados e planeja concluir a expansão para os 50 maiores até o fim do terceiro trimestre, o que representará cerca de 70% de suas vendas, segundo O’Kelly.


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Imagem: Divulgação
Informações: Lindsay Wilkinson para Retail Dive
Tradução livre: Central do Varejo

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