Varejo alimentar mostra sinais de recuperação em julho

O varejo alimentar registrou em julho sinais de recuperação após meses de retração nas vendas em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do Radar da Scanntech. O volume comercializado apresentou variação de -0,3%, enquanto o fluxo de consumidores nas lojas aumentou 1,3%.

Na comparação com junho, as vendas cresceram 5,7% e os preços caíram 1,1%. O resultado foi impulsionado principalmente pelas cestas de Perecíveis, Mercearia e Mercearia Básica, que também registraram reduções de preços de 2%, 0,4% e 1,7%, respectivamente. A Mercearia Básica apresentou crescimento em unidades pela primeira vez em mais de um ano.

Entre os produtos que contribuíram para o desempenho positivo no curto prazo estão legumes, com alta de 11,9% na procura e queda de 9,3% no preço médio; óleo, com aumento de 11,1% nas vendas e redução de 0,8% nos preços; massa instantânea, com alta de 6,7% e recuo de 0,9% no valor médio; massa alimentícia, com crescimento de 6,4% no volume e queda de 1,2% nos preços; frango, com aumento de 6,8% nas vendas e redução de 1,7% nos preços; e carne bovina, com alta de 6,2% nas vendas e queda de 0,6% nos preços.

“Começamos o segundo semestre com sinais de retomada no varejo alimentar, após dois meses de queda no consumo. Isso sugere uma recuperação gradual da confiança do consumidor, embora o cenário macroeconômico ainda exija atenção. É preciso adaptar-se mês a mês. Quem imaginaria, há dois meses, que agosto chegaria com custos tão altos para exportar aos EUA? Ou que, depois de um junho fraco, veríamos sinais de melhora já em julho? Agosto se torna, assim, um momento estratégico para revisar o que funcionou e usar esses aprendizados no planejamento do restante do ano”, afirmou Felipe Passarelli, Head de Inteligência de Mercado da Scanntech.

A análise regional no acumulado de 12 meses mostrou crescimento de 1,1% nas vendas por unidade na região Sul, enquanto as demais apresentaram retração. As quedas mais acentuadas foram no Norte (-2,3%), Centro-Oeste (-1,5%) e Leste (-1,3%), seguidas por Nordeste (-0,4%) e São Paulo (-0,3%).

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