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Economia

Varejo do Rio Grande do Sul teve prejuízo de R$ 3,32 bi

Foram cerca de R$ 123 milhões de perdas diárias em maio no Rio Grande do Sul em decorrência das enchentes segundo a CNC

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Doações recebidas em Canoas no Rio Grande do Sul, após inundações.

Doações recebidas em Canoas no Rio Grande do Sul, após inundações. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), só durante o mês de maio houve um prejuízo de cerca de R$ 123 milhões diários no varejo do Rio Grande do Sul. No total do mês, soma-se o acumulado de R$ 3,32 bilhões em danos para o comércio do estado, o que representa um total de 18,3% do esperado para o mês para o RS.

“O impacto das enchentes no Rio Grande do Sul é devastador, não só em termos de perdas humanas e financeiras, mas também no que diz respeito à infraestrutura vital para o funcionamento do comércio”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros (Via Agência Brasil).

Além dos prejuízos diretos, as enchentes afetaram a infraestrutura e a capacidade de abastecimento do comércio, uma vez que imóveis foram destruídos e a estrutura logística ficou comprometida pela destruição das rodovias. Com isso, a ANTT estima uma diminuição de 28% no fluxo de veículos de carga nas estradas do estado.

A calamidade no RS impacta a economia brasileira no geral, uma vez que o estado é o quinto maior do País em termos de movimentação financeira. No ano passado, o varejo gaúcho foi responsável por movimentar 7% do total do Brasil, R$ 203,3 bilhões. De acordo com o CNC, As perdas sofridas pelo varejo gaúcho em função da tragédia climática devem fazer com que o volume de vendas local chegue ao mesmo  nível observado no primeiro semestre de 2021, quando o varejo estava comprometido pela pandemia da COVID-19.

Em análise da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a CNC considera que “a continuidade da recuperação do varejo dependerá da confirmação das expectativas quanto à trajetória dos juros em um cenário de inflação dentro dos intervalos da meta estabelecida para este ano”.