Economia

Varejo registra queda em junho, aponta índice da Stone

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corredor de supermercado vazio; varejo

As vendas do comércio varejista no Brasil caíram 4,2% em junho, segundo dados do Índice do Varejo Stone (IVS). Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a retração foi de 4,6%. No acumulado do primeiro semestre do ano, houve queda de 0,5% em relação ao segundo semestre de 2024.

O estudo é elaborado mensalmente pela Stone e acompanha a movimentação do varejo nacional. De acordo com Guilherme Freitas, economista e cientista de dados da empresa, “os dados de junho reforçam a leitura de que a economia brasileira está passando por um momento de perda de fôlego”. Ele afirmou que, apesar da queda da taxa de desemprego e da criação de empregos formais, há indícios de desaceleração no ritmo do mercado de trabalho. Segundo Freitas, “o consumo das famílias segue pressionado pelo alto comprometimento da renda com dívidas”, o que impacta o desempenho do varejo.

Na análise por perfil de consumo, os setores sensíveis à renda e ao crédito registraram queda mensal de 3,7% e 3,9%, respectivamente. Na comparação anual, as retrações foram de 3,4% e 5%. No acumulado do primeiro semestre, em relação ao segundo semestre de 2024, as quedas foram de 0,2% e 0,3%.

O índice de setores sensíveis à renda abrange segmentos como Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo, e Artigos Farmacêuticos. Já os setores sensíveis ao crédito incluem Móveis e Eletrodomésticos, Tecidos, Vestuário e Calçados, Veículos e Informática.

O comércio digital teve queda de 4,5% em junho, enquanto o comércio físico registrou retração de 3,4%. Em relação a junho de 2024, o comércio digital apresentou queda de 10,6% e o físico de 4%.

Todos os oito segmentos analisados pelo IVS registraram queda em junho. O setor de Móveis e Eletrodomésticos apresentou o maior recuo mensal, de 6,4%, seguido por Material de Construção (6,3%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (4,3%), Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (3,7%), Artigos Farmacêuticos (2,8%), Tecidos, Vestuário e Calçados (2,3%), Combustíveis e Lubrificantes (1,7%) e Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (0,3%).

Na comparação anual, o setor de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria foi o único com crescimento entre os segmentos analisados, com alta de 1,5%. Entre as quedas, destacam-se Móveis e Eletrodomésticos (8,7%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (6%), Material de Construção (5,8%), Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (4,3%), Artigos Farmacêuticos (2,3%), Combustíveis e Lubrificantes (1,1%) e Tecidos, Vestuário e Calçados (0,5%).

No recorte regional, apenas quatro estados apresentaram crescimento nas vendas em junho na comparação com o mesmo mês de 2024: Amapá (4,5%), Tocantins (3,8%), Roraima (3,7%) e Pernambuco (0,4%).

Os demais estados registraram retração, com destaque para o Rio Grande do Sul (-14%), Amazonas (-7%), Mato Grosso do Sul (-6,5%) e Rio Grande do Norte (-6,1%). Também tiveram queda Alagoas e Maranhão (-4,8%), Distrito Federal (-4,9%), Paraná (-4,7%), Santa Catarina (-4,6%), Rio de Janeiro (-4,1%), Ceará (-3,6%), Mato Grosso e Piauí (-2,3%), São Paulo (-2,2%), Bahia (-1,9%), Minas Gerais (-1,7%), Espírito Santo (-1,6%), Goiás (-1,4%), Pará (-1,1%), Rondônia (-1%), Acre (-0,8%), Sergipe (-0,5%) e Paraíba (-0,4%).

Imagem: Envato

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