Vendas do varejo crescem 0,9% em abril, maior patamar da série histórica

Na passagem de março para abril, as vendas no varejo no Brasil cresceram 0,9%, alcançando o maior patamar da série histórica. Este foi o quarto resultado positivo consecutivo do setor, que acumula alta de 4,9% no ano e de 2,7% nos últimos 12 meses. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (13) pelo IBGE.

De acordo com Cristiano Santos, gerente da pesquisa, o comportamento de quatro pontos não negativos seguidos também ocorreu no ano passado, entre junho e setembro, mas com amplitudes menores. “Neste ano, o varejo veio com resultados mais expressivos e, nos últimos três meses, vem alcançando o último recorde da série com ajuste sazonal, que havia sido em outubro/novembro de 2021”, afirmou.

Das oito atividades pesquisadas, cinco apresentaram crescimento nas vendas do varejo em abril, com destaque para hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (14,2%), que foram as principais influências sobre o resultado geral. No segmento de equipamentos e material para escritório, a variação reflete a recuperação após uma queda de 10,1% no mês anterior devido ao aumento do dólar. Em abril, algumas grandes marcas ofereceram descontos, contribuindo para a reabilitação do setor, que acumula alta de 3,5% no ano.

O avanço de 1,5% nas vendas de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que representa 55,2% do índice geral, seguiu duas variações negativas (-0,2% em março e -0,1% em fevereiro). A estabilidade nos dois meses anteriores, com resultados próximos de zero, explica o crescimento em abril.

O setor de móveis e eletrodomésticos (2,4%) voltou a apresentar resultado positivo após a queda de 1,9% em março. Enquanto a subatividade de eletrodomésticos ficou estável, a de móveis cresceu, impulsionando o setor para o lado positivo.

No segmento de combustíveis e lubrificantes (2,2%), o resultado de abril foi a primeira alta do ano, após um desempenho estável em janeiro e quedas nos meses subsequentes. A comparação com uma base baixa possibilitou o crescimento nesse período.

Outra atividade que registrou aumento nas vendas foi a de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,6%), marcando a terceira alta consecutiva e acumulando ganho de 13,8% no ano.

Por outro lado, as atividades de livros, jornais, revistas e papelaria (-0,4%) e tecidos, vestuário e calçados (-0,7%) apresentaram queda em abril. O segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,0%) permaneceu estável.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, houve queda de 1,0%.

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