Economia
Desemprego cai a 7,8%, menor resultado em 8 anos
Número de trabalhadores com carteira assinada também é o maior desde 2015
A taxa de desemprego atingiu, no trimestre encerrado em agosto, seu menor nível desde fevereiro de 2015. No período entre maio e agosto, o índice atingiu a marca de 7,8%, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A desocupação, como também é chamada, caiu 0,5% em relação ao trimestre anterior (entre março e maio). Já quando comparada com o mesmo período de 2022, a queda é maior, chegando a 1,1 pontos percentuais.
Em números absolutos, a PNAD Contínua registrou 8,4 milhões de pessoas desocupadas. Este é o menor contingente de desemprego neste recorte desde o trimestre encerrado em junho de 2015, que contabilizou 8,5 milhões de desempregados.
A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio do IBGE, Adriana Beringuy, aponta que a queda no desemprego está ligada de forma direta pelo aumento no número de pessoas trabalhando. “Vários grupamentos de atividade econômica demonstram crescimento da absorção de trabalhadores. Temos a volta de um comportamento mais característico do mercado de trabalho pré-pandemia”, afirmou.
O contingente total da população atualmente ocupada no Brasil chegou a 99,7 milhões, um avanço de 1,3% em relação ao trimestre de março a maio. Em comparação com o mesmo período de 2022, também há avanço, desta vez de 0,6%. Isso fez com que o nível de ocupação (percentual de pessoas ocupadas entre a população em idade de trabalhar) chegasse a 57%.
De acordo com a PNAD Contínua, o número de trabalhadores com carteira assinada também é o maior desde fevereiro de 2015. Naquele momento, foram contabilizados 37,288 milhões, enquanto no trimestre de maio a agosto o número chegou a 37,248 milhões. Os dados não incluem trabalhadores domésticos.
A expansão também existe comparando entre trimestres e anualmente. Ou seja, entre maio e agosto 422 mil pessoas (1,1%) entraram para o mercado formal com carteira assinada. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o avanço é de 3,5%, com mais 1,3 milhão de trabalhadores.
Além disso, o número de pessoas empregadas no setor privado sem carteira assinada também cresceu. O aumento foi de 2,1%, com mais 266 mil pessoas se recolocando no mercado de trabalho, aumentando o contingente de trabalhadores nesta configuração para 13,2 milhões.
Imagem: Envato