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Economia

Comércio registra variação negativa, mas supermercados têm alta

De acordo com especialista do IBGE, queda na inflação dos alimentos fez com que supermercados crescessem, na contramão de outras atividades

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Imagem borrada de supermercado; comércio

Foi divulgada nesta semana a Pesquisa Mensal do Comércio, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados mostram uma leve queda no cenário geral do varejo restrito em agosto (que exclui materiais de construção e veículos automotivos) em relação ao mês anterior.

O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, não considera o resultado como negativo, identificando a variação como sinal de estabilidade no setor. “Excluindo-se janeiro (4,0%) da série histórica de 2023, a maior parte dos indicadores mostra estabilidade. Com exceção de março, com alta de 0,7%, maio, com queda de 0,6% e julho com alta de 0,7%, todos os demais meses indicaram variações próximas a zero, ou seja, foram quatro meses de estabilidade e três de volatilidade baixa. A leitura para agosto é estabilidade, após um alta de baixa amplitude (0,7%) em julho”, afirmou.

Entre todos os setores do comércio varejista, os únicos que tiveram crescimento real foram hiper, supermercados, bebidas e fumo (0,9%) e combustíveis e lubrificantes (0,9%). O gerente da PMC pontuou que essas atividades sofreram influência da desaceleração da inflação nos produtos alimentícios. “Combustíveis e lubrificantes, por sua vez, com crescimento de 0,9%, apresenta uma trajetória contrária, tendo registrado vários meses com taxas muito próximas de zero ou em queda contribuindo, junto com Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo para colocar o indicador global da margem muito próxima de zero”, completou Santos.

Em agosto, o varejo ampliado obteve um recuo de 1,3%, com um resultado estável do setor de materiais de construção (-0,1%) e o crescimento do setor de veículos e motos, partes e peças (3,3%). Em comparação com o mesmo mês de 2022, o crescimento é de 3,6%. Quando avaliados os oito meses de 2023, o avanço é de 4,2%.

Cinco das oito atividades observadas pela Pesquisa Mensal do Comércio tiveram piores resultados em agosto de 2023 do que no mesmo mês do ano passado. O setor que pior performou foi o de livros, jornais, revistas e papelaria (-15,7%), seguido de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-7,9%), tecidos, vestuário e calçados (-7,0%), combustíveis e lubrificantes (-3,5%) e móveis e eletrodomésticos (-1,5%), 

As atividades que cresceram na comparação de um ano para o outro foram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,5%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (6,2%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,6%).

Quase todos os setores do varejo ampliado tiveram alta em comparação com agosto de 2022: veículos e motos, partes e peças (10,8%) e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,8%) cresceram, enquanto o segmento de materiais de construção teve uma variação de -0,5% entre os dois períodos.

Imagem borrada de supermercado; comércio

Imagem: Freepik

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