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Inovação

Loungerie busca expandir atuação para além de lingeries tradicionais

Com um faturamento de R$350 milhões no ano passado, empresa busca ingressar em novas categorias, como perfumes e biquinis

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Quando foi fundada em 2009, a Loungerie revolucionou o mercado ao introduzir o conceito do “sutiã perfeito”, uma peça que se adaptava às diferentes circunferências de busto e bojo, buscando atender a variedade de corpos femininos. O objetivo da empresa, fundada por Paula e Jonas Barcellos, era suprir a falta de lingeries que oferecessem conforto e sensualidade, seguindo o modelo de sucesso de grifes como a Victoria’s Secret. Quase quinze anos depois e com um faturamento de R$350 milhões no ano passado, a Loungerie está pronta para expandir seu alcance e ingressar em novas categorias, incluindo perfumes, biquínis, maiôs e até mesmo acessórios eróticos, como vibradores e lubrificantes.

Atualmente, esses produtos fora do âmbito da lingerie já representam 15% dos negócios da Loungerie. Com o intuito de aumentar essa parcela, a empresa acaba de lançar seu próprio marketplace, chamado The Lounge. O CEO Eduardo Costa tem a visão de transformar a Loungerie em um ponto de parada único no universo feminino,, segundo matéria do Portal Brazil Journal. O marketplace foi lançado com 40 lojas parceiras, incluindo marcas renomadas como Dior e Chanel para perfumes, Nanui para moda praia e a loja de produtos eróticos Dona Coelha. A meta é atingir 50 lojas até dezembro deste ano e 100 no próximo ano. Eduardo destaca que a abertura do marketplace é um exemplo claro de que a empresa está acelerando e retomando seu plano de expansão, que havia sido interrompido em 2019.

Além do investimento online, a Loungerie planeja abrir 100 lojas próprias e franquias nos próximos três anos, mais que dobrando sua atual base de 83 pontos de venda. A empresa está desenvolvendo um novo modelo de loja para entrar em cidades de médio porte, com cerca de 200 mil habitantes, e também em shoppings de menor destaque. Enquanto as lojas existentes têm mais de 200 m², as novas lojas terão no máximo 40 m². Segundo Eduardo, essa estratégia de expansão se justifica pela pulverização do mercado de lingeries, uma vez que as cinco maiores empresas detêm apenas 10% do mercado. No entanto, a empresa enfrenta desafios com a crescente presença de concorrentes chineses, como a Shein, tanto no segmento de lingeries quanto no varejo têxtil em geral. O investimento na expansão ocorre em um momento em que o crescimento da Loungerie desacelerou, com um aumento de vendas de apenas 15% no ano passado, em comparação com o expressivo crescimento de 50% em 2021, impulsionado pelo impacto da pandemia.

Apesar do crescimento, o ano passado foi desafiador devido aos altos custos. Eduardo destaca que os números de 2022 ainda estão sendo consolidados, mas a empresa se sente satisfeita por não ter registrado prejuízo. Durante a pandemia, a Loungerie recorreu a empréstimos bancários no valor de R$45 milhões para superar as dificuldades financeiras. Atualmente, a empresa não tem planos de buscar financiamento no mercado e o CEO afirma que o capital levantado é suficiente para cobrir a expansão e resistir ao assédio de fundos de private equity. Eduardo enfatiza que os acionistas têm a intenção de continuar crescendo por conta própria. A Loungerie é o negócio mais suave de Jonas, que também fundou o grupo Brasif, responsável pela venda da operação de duty free no Brasil para a Dufry. Atualmente, o grupo Brasif está envolvido em negócios relacionados à venda e aluguel de máquinas pesadas, investimentos em biotecnologia e pecuária.

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