Economia
Número de shoppings nos EUA cai 72% em relação à decada de 1980
Com alta das compras virtuais e redução do número de visitantes, mais estabelecimentos devem fechar as portas nos próximos anos
O cenário dos shoppings nos Estados Unidos está passando por uma grande transformação, enfrentando dificuldades financeiras à medida que o comércio online ganha cada vez mais força entre os consumidores. Segundo o site Business Insider, daqui a 10 anos, é esperado que existam apenas cerca de 150 shoppings americanos, uma drástica redução em relação aos 2,5 mil existentes na década de 1980 e aos 700 que ainda estão em funcionamento hoje.
Além da crescente popularidade das compras virtuais, os shoppings também estão lidando com a diminuição do número de visitantes nas lojas de departamento e, mais recentemente, com os impactos da pandemia de covid-19, que obrigou as pessoas a ficarem em casa. Em 2020, a Coresight Research projetou, de acordo com o Business Insider, que cerca de 25% dos aproximadamente mil shoppings nos Estados Unidos fechariam suas portas nos próximos três a cinco anos.
Em abril, analistas do UBS estimaram que entre 40 mil e 50 mil lojas de varejo no país fechariam até 2027, destacando o alto risco enfrentado pelos shoppings tradicionais, já que os consumidores agora preferem realizar compras rápidas em lojas próximas.
De acordo com Nick Egelanian, presidente da empresa de consultoria de varejo SiteWorks, os shoppings que conseguirão sobreviver a essa nova dinâmica de consumo dos americanos serão aqueles que oferecerem uma experiência premium, com entretenimento, restaurantes e lojas de luxo.
Essa abordagem visa atrair os consumidores que buscam mais do que apenas fazer compras, mas também desfrutar de uma experiência completa de lazer e entretenimento durante sua visita ao shopping. Aqueles que não conseguirem se adaptar a essa mudança de preferências dos consumidores enfrentarão desafios significativos para se manterem relevantes no mercado.
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