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20% das empresas estão no estágio inicial de implantação de cibersegurança

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clone phishing

Com o avanço da tecnologia e a crescente dependência digital, as ameaças cibernéticas estão ganhando complexidade, forçando as organizações a lidarem com desafios que vão além dos tradicionais vírus e malwares. No Brasil, a segurança cibernética é especialmente relevante, já que o país lidera a América Latina em termos de economia digital e, por isso, torna-se um alvo frequente de cibercriminosos. Diante disso, a Daryus fez uma pesquisa nacional para investigar as iniciativas de cibersegurança das empresas.

De acordo com os resultados do estudo, 80% dos entrevistados classificam o nível de maturidade em cibersegurança de suas empresas como alto. Por outro lado, essa percepção contrasta com o fato de que 20% das empresas ainda estão em fases iniciais de desenvolvimento de seus programas de segurança. 

A pandemia da COVID-19 acelerou a transformação digital nas empresas, aumentando a necessidade de um programa de cibersegurança robusto para minimizar os impactos de possíveis ataques. Segundo a pesquisa, 49% das empresas afirmaram que investir em cibersegurança nos próximos 12 meses é uma prioridade alta ou muito alta.

“É essencial que as empresas compreendam que um alto nível de maturidade em cibersegurança vai além da implementação de tecnologias e de uma política de segurança da informação. Trata-se de criar uma mentalidade, uma atitude, e de obter resultados evolutivos gradualmente, melhorando ou mudando a cultura de transformação digital segura”, afirma Jeferson D’Addario, CEO do Grupo Daryus.

Na pesquisa, foi identificado que 84% dos respondentes consideram os colaboradores como uma das principais portas de entrada para as ameaças atualmente, como tentativas de golpes e phishing; 56% apontam os terceiros contratados e 43%, os fornecedores das empresas. Esse cenário é especialmente preocupante em um momento de trabalho descentralizado, com muito home office, o que desafia os CEOs a manterem a cultura da empresa.

Equipes especializadas em cibersegurança

O estudo também mostra que 90% das empresas possuem equipes dedicadas exclusivamente à cibersegurança. No entanto, essa estrutura varia significativamente: 55% têm equipes robustas, com cinco ou mais profissionais, enquanto 35% contam com menos de cinco. Preocupantemente, 10% das empresas ainda não possuem nenhum profissional dedicado ao tema, o que expõe sua fragilidade frente às ameaças cibernéticas. 

“Ter uma equipe dedicada é essencial, mas garantir que esses profissionais estejam capacitados e em número suficiente para lidar com a complexidade das ameaças cibernéticas é fundamental, além de contar com gestores de segurança da informação bem-preparados”, reforça D’Addario.

A pesquisa revelou ainda que 72% das empresas se consideram preparadas para responder a crimes cibernéticos. No entanto, a prevalência de ataques como phishing (66%) e ransomware (61%) sugere que a preparação não significa imunidade. “Preparação não é apenas uma questão de confiança, mas de capacidade de detecção e resposta efetiva a incidentes, além de preparação para gerir crises”, explica D’Addario.

As empresas estão cada vez mais conscientes da necessidade de treinamento regular: 64% oferecem simulações de ataques, 57% fornecem treinamentos periódicos de atualização e 67% propõem treinamentos iniciais para novos funcionários. “O que fica claro é que a resiliência cibernética não é mais um assunto apenas para o departamento de TI. É uma questão de liderança, de estratégia de negócios”, completa D’Addario.

Na gestão de riscos, a pesquisa revelou que 13% das empresas ainda não possuem um plano de gestão de riscos, e 20% não revisam seus planos regularmente. A resiliência cibernética envolve a elaboração de planos de gestão de crises, que devem fazer parte da Estratégia de Continuidade de Negócios Corporativa e cobrir tanto cenários de negócios quanto de tecnologia. A pesquisa destaca ainda que a rápida evolução das ameaças cibernéticas (58%), a transformação digital (52%) e a proteção de dados e privacidade (50%) são os principais fatores considerados na implementação de planos de gestão de riscos.

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