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70% das empresas quebram por falta de inovação

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Imagem com pinos de damas e moedas em pilhas; conceito de inflação; IPCA; inflação 2025

No Brasil, sabe-se que 6 em cada 10 empresas fecham as portas em até cinco anos. Porém, para além disso, uma pesquisa da SME The New Economy revela que 70% dessas empresas quebram, não por falta de dinheiro, mas por falta de inovação, tornando-se irrelevantes no mercado.

“Quem não inova desaparece, não importa o tamanho, a marca ou a história. O consumidor muda rápido e exige que as empresas acompanhem essa transformação. Crescer é profissionalizar, diversificar e se preparar para atrair capital, talentos e oportunidades. É essa a fronteira que separa companhias que permanecem vivas e competitivas das que se tornam apenas estatísticas em estudos sobre mortalidade empresarial”, afirma Theo Braga, CEO da SME The New Economy.

Diante desse cenário de alta mortalidade empresarial, veja alguns dos principais pontos de atenção para qualquer companhia que deseja permanecer competitiva:

Coloque o cliente no centro:

Nenhuma empresa sobrevive se não compreender profundamente o seu consumidor. Isso vai muito além de pesquisas ocasionais: significa construir processos de escuta contínua, testar hipóteses com base em comportamento real e ter disposição para mudar quando o mercado sinaliza novas demandas. Sem essa base, qualquer tentativa de inovação corre o risco de ser apenas cosmética.

Crie experiências:

Um bom produto é só o ponto de partida; marcas que sobrevivem são aquelas que transformam o consumo em experiência. Cacau Show e Bauducco, por exemplo, entenderam isso ao criarem ambientes de imersão que ampliam a relação emocional com o cliente, mostrando que é possível reinventar até os itens mais tradicionais ao redor de uma vivência diferenciada.

Adapte-se aos novos canais:

As empresas precisam acompanhar a forma como os consumidores compram, se relacionam e consomem conteúdo. A Ambev percebeu essa mudança e criou o Zé Delivery, que levou a conveniência da cerveja gelada em minutos para a palma da mão do consumidor. Negócios que ignoram os novos canais digitais acabam se tornando invisíveis, mesmo mantendo boa reputação offline.

Inove além da tecnologia:

Inovação não é sinônimo de criar aplicativos ou usar inteligência artificial. Envolve também revisar modelos de negócios, experimentar formas diferentes de entrega e até reestruturar processos internos. Muitas empresas ficam presas a ferramentas e esquecem que inovar é uma mentalidade que precisa permear todas as áreas da organização.

Leia o mercado constantemente:

A falta de sintonia com a demanda é um dos maiores motivos de fracasso. Um estudo recente mostra que 38% das startups quebram justamente por oferecer produtos que não encontram mercado. Monitorar tendências, mapear concorrentes e validar hipóteses são ações que reduzem riscos e aumentam as chances de permanecer relevante.

Diversifique receitas e modelos:

A dependência de uma única linha de faturamento torna qualquer negócio vulnerável a crises. A diversificação é uma forma de proteger o fluxo de caixa e, ao mesmo tempo, abrir novas oportunidades de expansão. Seja pela criação de novos produtos, parcerias estratégicas ou modelos de assinatura, diversificar é uma forma de blindar a empresa contra imprevistos.

Invista em capacitação e atualização:

Um dos problemas atuais é a baixa prioridade dada à capacitação de líderes e equipes. Negócios que investem em formação contínua se tornam mais preparados para enxergar oportunidades e reagir a crises de forma estruturada.

Use dados para tomar decisões:

Empresas que trabalham sem métricas acabam navegando às cegas. A coleta e a análise de dados não são mais diferenciais, mas exigências básicas. Medir comportamento de clientes, eficiência operacional e retorno sobre investimentos é o que garante clareza para fazer ajustes rápidos e segurar vantagem competitiva.

Tenha visão de longo prazo:

Se no passado a sobrevivência de um negócio dependia de acesso a crédito e de capacidade operacional, hoje a chave está na capacidade de gerar valor contínuo, reinventar-se diante das mudanças de comportamento e construir ativos intangíveis que sustentem o crescimento. É nesse ponto que muitas empresas brasileiras ficam para trás: confundem resultado com caixa imediato, quando na prática o desafio é permanecer relevantes em um mercado em constante disrupção.

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