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75% das refeições de restaurantes são consumidas fora do local

Publicado

2 dias atrás

17 de abril, 2025

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Os consumidores estão, cada vez mais, optando por refeições via takeaway (para viagem) e drive-thru em vez de sentar-se para comer em restaurantes. É o que mostra o relatório 2024 Off-Premises Restaurant Trends da National Restaurant Association (Associação Nacional de Restaurantes dos EUA), que revelou que quase 75% de todo o tráfego de restaurantes ocorre fora do local.

As gerações Z e millennials lideram essa mudança: dois terços afirmam que o takeaway é “essencial” para seu estilo de vida. Quase 60% utilizam serviços de takeout ou drive-thru pelo menos uma vez por semana, e mais de 60% dizem que estão pedindo refeições fora do local com mais frequência do que há um ano.

Segundo o estudo, o pedido via aplicativo ou site já é prática comum, sendo utilizado recentemente por 57% dos adultos, incluindo 74% dos millennials e 65% da Geração Z. Consumidores mais velhos ainda preferem fazer pedidos pessoalmente, mas o takeaway é o método off-premises mais usado, seguido por drive-thru e delivery.

Atualmente, 65% dos operadores de restaurantes de serviço limitado oferecem delivery, e muitos esperam que o curbside pickup (retirada no carro) e áreas exclusivas para takeout se tornem ainda mais comuns até 2025. Já entre os restaurantes de serviço completo, essa estrutura ainda é menos presente, mas:

43% esperam ampliar os serviços de retirada no carro;
31% preveem mais balcões dedicados a pedidos para viagem;
12% planejam implantar faixas de drive-thru no futuro.

A maioria dos consumidores urbanos afirma que o takeout e o drive-thru são essenciais, enquanto 67% dos consumidores em áreas rurais gostariam de ter mais opções para pedidos fora do local.

“O consumo off-premises tornou-se um dos principais motores de receita e uma forma essencial de engajar o consumidor”, disse Dr. Chad Moutray, economista-chefe da National Restaurant Association.

“Hoje, esse modelo representa uma fatia maior do faturamento para 58% dos operadores de serviço limitado e 41% dos operadores de serviço completo, se comparado a 2019 – e se mostra um caminho crítico para resiliência e crescimento dos restaurantes, mesmo diante de pressões econômicas.”

Quando o assunto é refeição fora do restaurante, 94% dos consumidores dizem que a velocidade é fundamental, e 75% dos usuários de delivery valorizam pedidos e pagamentos com tecnologia integrada.

Valor também importa:

Mais de 80% dos consumidores usam ofertas como “compre 1, leve 2”, combos e promoções em tempo real.
65% dos usuários de drive-thru e mais de 60% dos usuários de takeout e delivery dizem que descontos de programas de fidelidade influenciam onde vão pedir.

Outros destaques do estudo incluem:

Embalagem: 90% dizem que pediriam uma variedade maior de itens se a comida mantivesse a qualidade de consumo local durante o delivery. Mais da metade estaria disposta a pagar mais por embalagens premium que preservem essa qualidade.

Ofertas em tempo real: Quase 90% usariam promoções limitadas exclusivas por app.

Novos formatos:

67% têm interesse em refeições em combo;
70% em kits de refeição para preparo em casa;
62% em assinaturas mensais de refeições.

Novas tecnologias: 50% da Geração Z e 52% dos millennials considerariam fazer pedidos por assistentes virtuais gerados por IA.

Investir em novos formatos de negócio é mais do que uma tendência — é uma necessidade. A pesquisa revela o que já é realidade no mercado global: o comportamento do consumidor mudou profundamente. Ele quer:

Comodidade, sem abrir mão de qualidade;
Velocidade, com o menor atrito possível;
Tecnologia integrada, que simplifique e personalize sua experiência;
Ofertas e modelos sob demanda, que atendam ao seu ritmo de vida.

Para o empresário brasileiro, isso representa uma oportunidade estratégica: é hora de repensar o modelo tradicional e adotar formatos de operação mais flexíveis, inteligentes e centrados no consumidor.

Modelos como dark kitchens, lojas com foco em retirada e delivery, operações modulares em shoppings ou aeroportos, assinaturas, e até fusão entre alimentação e conveniência já são realidade em várias marcas globais — e o Brasil está começando a trilhar esse caminho.

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