Marketing
Por que os varejistas precisam coletar seus próprios dados?
À medida que o cenário regulatório e as aplicações práticas de dados de terceiros continuam a mudar, as marcas precisam ajustar seus investimentos e prioridades para táticas que lhes permitam coletar seus próprios dados de clientes. Isso não apenas fortalecerá sua capacidade de criar experiências altamente personalizadas, mas também ajudará a construir mais confiança com seus clientes.
Coletando seus próprios dados
As marcas provavelmente já estão coletando seus próprios dados de alguma forma a partir de seus sites ou aplicativos. Esses dados geralmente se enquadram em uma das duas classificações: dados de zero-party e dados de first-party.
Dados de zero-party são quaisquer informações que um cliente compartilha voluntariamente com uma marca, como seu nome, endereço de e-mail ou número de telefone. Dados de first-party são informações coletadas a partir de interações diretas dos clientes com propriedades digitais da marca. Essas informações podem incluir desde o navegador que utilizam até o tipo de dispositivo a partir do qual acessam o site ou aplicativo da marca, seu histórico de compras e visitas a páginas.
Ambos os conjuntos de informações são incrivelmente valiosos por alguns motivos. Primeiro, a marca conhece a fonte exata dos dados e pode verificar sua precisão. Segundo, a marca tem consentimento explícito para coletar e usar as informações. Terceiro, a marca pode usar ambos os conjuntos de dados para começar a construir um perfil desse cliente, o que permitirá personalizar vários pontos de contato, desde e-mails promocionais até recomendações de produtos. Os clientes são mais propensos a fazer uma nova compra ou uma compra repetida quando essas interações são mais personalizadas.
Dando e recebendo
Faz muito sentido quando uma marca oferece um desconto nominal para incentivar a inscrição por e-mail ou a criação de uma conta. Mas os descontos não são tudo; na verdade, outras táticas funcionam tão bem quanto sem afetar tanto o seu resultado financeiro.
A maioria dos consumidores está disposta a compartilhar informações pessoais em troca de algo que valorizam – e os consumidores valorizam muitas coisas além de descontos e reduções de preços. Uma empresa que consegue encontrar esse equilíbrio e descobrir o que os consumidores estão dispostos a aceitar em troca de dados pessoais pode construir perfis detalhados de seus clientes. Esses perfis mais ricos e completos podem ajudar a empresa a entregar mensagens e experiências altamente personalizadas para clientes individuais, o que eles ainda esperarão mesmo após o fim dos cookies de terceiros.
Maneiras criativas de capturar seus próprios dados
As fontes de dados de zero- e first-party de uma marca não precisam parar por aí. Ao aproveitar conteúdos digitais altamente envolventes e acessíveis, uma marca pode lançar uma rede mais ampla e criar oportunidades adicionais para aprender sobre seus clientes sem recorrer a corretores de dados de terceiros. Uma maneira de fazer isso é a gamificação.
Simplificando, gamificação é adicionar elementos de jogo a cenários não relacionados a jogos. Para um varejista, isso pode ser desde uma barra de progresso simples que rastreia quantos pontos de recompensa um cliente precisa para desbloquear um novo marco, até um quiz de personalidade independente que personaliza um visual completo com base nas respostas do cliente. É ainda a mesma troca básica de valor descrita acima: informações pessoais por uma recompensa nominal. No entanto, os varejistas agora estão oferecendo experiências divertidas e interativas que podem melhorar a percepção da marca pelos clientes.
Poucas organizações dedicam tempo e recursos para criar um motor funcional de construção de visuais que converte respostas de perguntas de personalidade em um visual abrangente e estiloso. Felizmente, algumas empresas oferecem conteúdos digitais pré-construídos e totalmente personalizáveis, jogos, quizzes, enquetes, pesquisas e mais sem grandes investimentos de tempo e recursos por parte da marca. Como essas peças de conteúdo interativo já existem e muitas vezes podem ser integradas à plataforma de CRM existente de uma empresa, uma marca pode implantá-las em dias ou semanas em vez de meses.
Confiança é a base de todo grande relacionamento
Ao focar seus esforços na coleta e uso de seus próprios dados, as marcas podem estabelecer um vínculo mais forte e de confiança com seus clientes. Isso requer que as empresas sejam francas e honestas sobre como e por que coletam dados, mas elas deveriam fazer isso de qualquer maneira.
Iniciar o relacionamento com o cliente com transparência sobre as práticas de dados pode contribuir muito para construir confiança, especialmente quando os clientes entendem a troca de valor que está acontecendo entre eles e a marca. Quando uma organização deixa claro que coleta dados para personalizar experiências dos clientes, mostra aos clientes que a marca está comprometida em criar a melhor experiência possível.
Esclarecer que os dados dos clientes não serão compartilhados com outras entidades também tranquiliza os clientes e os torna mais propensos a consentir com a coleta de dados. Embora sempre haverá pessoas que optarão por não compartilhar, a maioria dos consumidores compartilhará informações com prazer em troca de uma experiência personalizada que atenda às suas preferências e objetivos.
O ditado “A honestidade é a melhor política” perdura por um motivo.
Quer os cookies de terceiros sejam desativados ou não, todas as marcas de varejo devem procurar novas, inovadoras e envolventes maneiras de interagir com os clientes e coletar dados diretamente da fonte. Ao eliminar partes externas e limitar a troca de valor ao cliente e à marca, as organizações podem criar relacionamentos mais fortes com seus clientes baseados na confiança.
Imagem: Envato
Informações: Joel Steel para Retail Touch Points
Tradução: Central do Varejo