Inovação
6 mudanças no varejo de loja física
A loja física continua sendo relevante no varejo de moda, mas as expectativas do consumidor em relação à experiência de compra presencial têm se transformado nos últimos anos. Impulsionado pela digitalização e pelo novo perfil de consumidor — mais exigente, informado e imediatista —, o ponto de venda físico passou a operar como uma extensão da jornada online, e não mais como seu ponto de partida. Veja seis transformações centrais na lógica das vendas presenciais:
- O consumidor chega informado — e quer agilidade
Um dos movimentos mais visíveis no comportamento do cliente é a objetividade na compra física: ele já realizou a pesquisa online, comparou preços e modelos, e chega à loja para uma etapa muito específica: experimentar o produto e concluir a compra, preferencialmente de forma rápida.
Segundo a Data System, empresa de tecnologia especializada no varejo de moda, a maioria dos consumidores entram na loja com um modelo e uma marca específicos em mente: muitos já viram o produto nas redes sociais. Esse novo comportamento exige um atendimento mais ágil e “direto ao ponto”, com vendedores preparados e sistemas de gestão que permitam localizar rapidamente o produto no estoque.
- O relacionamento começa antes de o cliente chegar à loja física
Com a digitalização da jornada de compra, o início da venda migrou para o ambiente online — mesmo quando a finalização ocorre na loja física. Com isso, personalização e antecipação de oferta se tornaram diferenciais competitivos. A aposta da Data System nesse campo é um aplicativo que permite aos lojistas montar e enviar catálogos digitais personalizados para seus clientes.
- O vendedor virou consultor
O papel do vendedor também foi ressignificado. Com o uso de CRMs integrados ao ponto de venda, o profissional deixou de ser apenas um intermediador da transação para se tornar um elo de relacionamento contínuo com o cliente. De acordo com o Data System, o vendedor do varejo físico será cada vez mais um agente de engajamento, com acesso a informações que permitem sugestões personalizadas, registro de interações e disparo de mensagens estratégicas por WhatsApp. “A ideia é empoderar o vendedor com dados e ferramentas que o transformem em um influenciador da jornada do cliente”, explica Alex Marques, Diretor Comercial da Data System.
- O estoque precisa estar disponível — em todas as lojas da rede
O imediatismo é um traço marcante do novo consumidor. Mesmo com a consolidação de modelos como o compre online e receba em casa, a compra com retirada imediata ainda tem forte valor percebido — especialmente no varejo de moda. Para atender essa demanda, a gestão de estoque passou a ser um ponto crítico da operação.
- Vitrine infinita para evitar a ruptura
Mesmo com gestão preventiva, nem sempre é possível manter todos os produtos disponíveis em todas as lojas. Por isso, a vitrine infinita, que permite vender itens de outras unidades ou até do centro de distribuição, tornou-se uma solução indispensável. Essa prática amplia o que é visível no ponto de venda e reduz drasticamente a perda de vendas por falta de disponibilidade local.
- A loja como ponto de experiência e relacionamento
A última transformação é mais estrutural: a loja física está se tornando um ponto de experiência, relacionamento e construção de marca – e não apenas um canal de transação. Na visão do Data System, os próximos cinco anos devem ser marcados por ambientes mais enxutos, soluções como self-checkout, PDVs móveis, integração entre canais de venda (e-commerce, WhatsApp, app, marketplaces) e decisões orientadas por dados em tempo real. “A tecnologia será o tecido invisível que costura todos esses pontos. A loja do futuro será digital, mesmo sendo física”, resume Rodrigo Rolland, CEO da empresa.