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Remarketing ganha força no fim do ano e ajuda marcas a recuperarem vendas perdidas
Com o avanço das campanhas de Black Friday e o início das compras de Natal, o mercado de e-commerce entra em seu período mais competitivo do ano. Nesse cenário, uma estratégia – já bem conhecida e importante – ganha destaca entre os varejistas: o remarketing, que permite impactar novamente consumidores que já demonstraram interesse em um produto, mas, por alguma razão, não concluíram a compra.
A lógica é simples: ao visitar um site, o usuário deixa rastros de navegação por meio de cookies ou tags de rastreamento. Essas informações permitem exibir anúncios personalizados em outros sites, aplicativos e redes sociais, com o objetivo de trazê-lo de volta à jornada de compra. O remarketing trabalha com um público quente, ou seja, consumidores que já têm intenção de compra. No fim do ano, quando o tráfego online cresce consideravelmente a concorrência se intensifica, essa abordagem fica ainda mais decisiva.
Para funcionar, o processo segue algumas etapas importantes:
- Rastreamento: uma tag é instalada no site para identificar visitantes por meio de cookies ou pixels;
- Segmentação: os usuários são divididos em listas conforme suas ações (quem apenas visualizou um produto, quem adicionou ao carrinho, quem comprou);
- Exibição de anúncios: plataformas como Google Ads, Meta Ads e TikTok Ads exibem mensagens direcionadas a esses públicos em diferentes canais;
- Reengajamento: o cliente volta a ver o produto e, muitas vezes, decide concluir a compra.
Além da simplicidade operacional, o remarketing se destaca por combinar baixo custo e alta taxa de conversão. Estudos de mercado indicam que anúncios voltados a públicos que já interagiram com a marca apresentam até quatro vezes mais chances de conversão do que campanhas voltadas a novos consumidores. O custo por clique também costuma ser menor, resultando em melhor retorno sobre o investimento (ROI) e maior eficiência das campanhas de mídia.
Outro fator relevante é o fortalecimento da lembrança de marca (brand recall). Em um ambiente saturado por mensagens publicitárias, reaparecer de forma inteligente, com comunicações adequadas ao perfil, momento e histórico do consumidor, pode ser o diferencial para fechar uma venda.
A eficácia do remarketing aumenta quando as campanhas são adaptadas ao clima de fim de ano. Mensagens sazonais, ofertas limitadas e gatilhos de urgência como “últimos dias”, “estoque quase esgotado” ou “entrega garantida antes do Natal” funcionam como estímulos emocionais que aceleram a decisão de compra.
Além disso, o uso de estratégias multicanais faz toda a diferença. O consumidor atual transita entre dispositivos e plataformas: pesquisa no celular, vê anúncios no Instagram, compara preços em marketplaces e conclui a compra no desktop. O remarketing precisa acompanhar essa jornada fragmentada, garantindo consistência de mensagem em todos os pontos de contato.
Com o aumento do tráfego online e a disputa pela atenção do usuário, o remarketing se consolida como uma ferramenta indispensável para quem busca recuperar vendas e encerrar o ano com resultados mais sólidos. Mais do que uma tática de mídia, trata-se de uma estratégia de relacionamento e fidelização. Em um ambiente em que o consumidor decide rápido, e esquece mais rápido ainda, lembrar-se dele pode ser o primeiro passo para ser lembrado na hora da compra.
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Imagem: Freepik

*Fabio Ludke é especialista em vendas online e gerente de vídeo marketing no Ecommerce na Prática, líder global em educação para e-commerce e parte do ecossistema Nuvemshop. Empresário, produtor de conteúdo e mestre em engenharia, Fabio atua com e- commerce desde 2018. Hoje, usa sua expertise empreendedora para orientar empresas a alcançarem seus objetivos de negócio.
