Amazon abrirá centro de distribuição no Japão com aquecimento geotérmico

A Amazon está dando um novo passo em seus esforços para operar de forma mais sustentável. A gigante do comércio eletrônico pretende abrir um centro de distribuição em Nagoya, no Japão, que utilizará tecnologia geotérmica (conhecida como geo-exchange) para aquecimento e resfriamento. A empresa usará a temperatura do subsolo para regular o clima interno do prédio de maneira mais eficiente em comparação com os sistemas tradicionais.

A instalação também será a primeira da Amazon no mundo a contar com painéis solares verticais nas paredes e será o maior projeto solar da empresa fora dos Estados Unidos. A iniciativa faz parte do compromisso da Amazon com o Climate Pledge, que visa operar de forma mais sustentável e alcançar emissões líquidas zero de carbono em toda a operação até 2040.

Como funciona

Durante o verão, uma bomba geotérmica fará circular água por 200 perfurações a mais de 90 metros de profundidade, absorvendo a temperatura naturalmente estável da Terra. Essa água resfriada retornará ao térreo do prédio, ajudando a manter o ambiente interno agradável.

No inverno, o processo se inverte. Como o subsolo nessa profundidade permanece relativamente aquecido, a água absorve o calor do solo e o leva para aquecer o edifício. Segundo a Amazon, esse sistema de resfriamento geotérmico consome 30% menos energia do que os sistemas de ar-condicionado convencionais.

Além disso, o centro contará com painéis solares instalados no telhado, no estacionamento e verticalmente nas paredes voltadas para o sul. Esses painéis vão captar mais luz solar no início da manhã e no fim da tarde, conforme o movimento do sol, e também atuar como uma barreira térmica, ajudando a manter o edifício mais fresco nos dias quentes.

Com capacidade combinada de 5,5 MW, os painéis solares representam um dos maiores sistemas de geração solar on-site em centros logísticos no Japão e o maior projeto solar da Amazon fora dos EUA. O centro também será equipado com um sistema de armazenamento de energia com baterias de 2,9 megawatts-hora (MWh), que fornecerá energia livre de carbono ao edifício durante a noite ou em períodos sem sol.

Por conta dessas características sustentáveis, a Amazon espera que o centro de distribuição obtenha a certificação “Zero Carbon Certification” da organização Living Future até o final de 2026.

“A Amazon está comprometida em operar de forma mais sustentável e acelerar novas formas de tecnologia energética”, declarou a empresa em nota.

Imagem: Divulgação
Informações: Dan Berthiaume para CSA
Tradução livre: Central do Varejo