Após queda em dezembro, índice da Stone registra alta de 2,8% em janeiro

As vendas do comércio brasileiro registraram alta de 2,8% em janeiro, após uma queda no mês de dezembro, de acordo com o Índice do Varejo Stone (IVS). Na comparação com janeiro do ano anterior, o crescimento foi de 1,9%. O IVS acompanha mensalmente a movimentação do varejo no país e é elaborado pela Stone, empresa de tecnologia e serviços financeiros.

Segundo Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone responsável pelo índice, o crescimento pode ter sido influenciado por uma base de comparação baixa, considerando as quedas registradas em novembro e dezembro. “A alta mensal é um bom sinal para o setor, ainda que o cenário macroeconômico sinalize cautela”, explicou. O desemprego ficou em 6,2% em dezembro, e o mercado de trabalho permanece aquecido, embora os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) indiquem desaceleração nos empregos formais. A inflação dos alimentos acumulou 8,2% em 12 meses.

O comércio digital apresentou queda de 1,6% na comparação mensal, enquanto o comércio físico registrou alta de 1,5%. Em relação a janeiro de 2023, o cenário foi semelhante, com retração de 1,6% no comércio digital e crescimento de 1,5% no comércio físico.

Segmentos do varejo

Na análise mensal, todos os oito segmentos avaliados registraram crescimento. O setor de Tecidos, Vestuário e Calçados teve a maior alta (4,8%), seguido por Artigos Farmacêuticos (2,2%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (2%), Móveis e Eletrodomésticos (1,7%), Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (1,5%), Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (1,4%), Combustíveis e Lubrificantes e Material de Construção (1,1%).

No comparativo anual, o segmento de Combustíveis e Lubrificantes registrou a maior alta, com crescimento de 9,3%, seguido por Artigos Farmacêuticos (3,9%) e Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (2,3%). O setor de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria teve alta de 1,5%, enquanto Tecidos, Vestuário e Calçados cresceram 0,9% e Material de Construção avançou 0,8%.

Entre os setores que apresentaram retração na comparação anual, Móveis e Eletrodomésticos tiveram queda de 6,2%, seguidos por Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico, com recuo de 0,1%.

No recorte regional, 19 estados registraram crescimento no volume de vendas em relação a janeiro de 2023. Roraima teve o maior avanço (9,3%), seguido por Amazonas (6%), Acre (4,6%), Alagoas (4,3%) e Ceará (4,1%). Também apresentaram crescimento Amapá (3,9%), Pará (3,2%), Rio de Janeiro (2,9%), São Paulo (2,8%), Goiás e Minas Gerais (2,6%), Espírito Santo (2,2%), Tocantins e Maranhão (1,6%), Rondônia (1,5%), Pernambuco (1%), Rio Grande do Norte (0,9%), Bahia e Sergipe (0,8%).

Sete estados registraram retração no período, com a maior queda observada no Piauí (-1,9%), seguido por Mato Grosso do Sul (-1,4%), Rio Grande do Sul (-1,1%), Santa Catarina (-0,8%), Mato Grosso (-0,7%), Paraíba (-0,3%) e Paraná (-0,2%). O Distrito Federal manteve estabilidade, sem variação no índice.

Imagem: Envato