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Carne bovina, cerveja e café ficam mais caros em junho
Segundo um estudo da Neogrid, os preços da carne bovina, da cerveja e do café tiveram alta em junho de 2025, tendo impacto no bolso do consumidor brasileiro. Os itens, que são tradicionais, puxaram para cima o valor da cesta de compras no período. No acumulado de dezembro de 2024 até junho de 2025, o café segue como o produto com o maior aumento no preço médio, com variação de alta de 42,2% no período.
Entre os destaques nacionais, o café em pó e em grãos subiu 3,3% em relação a maio, com o preço médio passando de R$ 74,18 para R$ 76,62. A carne bovina registrou avanço de 3,3%, saindo de R$ 38,53 para R$ 39,80. Já a cerveja e a farinha de trigo tiveram alta de 2,5% cada, enquanto a margarina aumentou 2%.
Outros produtos que mais encareceram no semestre foram os ovos (8,2%), margarina (4,3%), leite em pó (1,6%) e xampu (1,4%). De acordo com a Neogrid, esses movimentos refletem fatores combinados, como oferta reduzida, demanda internacional aquecida, e custos de insumos e transporte, além da influência cambial.
“O consumidor brasileiro continua sentindo no bolso a pressão de produtos essenciais, principalmente proteínas acessíveis e itens tradicionais do café da manhã, como café e margarina”, afirma Anna Carolina Fercher, líder de Dados Estratégicos na Neogrid. “Apesar de estarmos no período de colheita do café, entre maio e agosto, a oferta global permanece abaixo da demanda, o que sustenta os preços em alta. No caso dos ovos, ainda pesam os custos de produção e exportações em ritmo forte.”
Por outro lado, itens de alimentação no lar, especialmente legumes, tiveram queda em junho. O recuo médio nacional foi de 5,1% em relação a maio, com o preço passando de R$ 6,34 para R$ 6,02. Também apresentaram redução os preços dos ovos (-3,2%), arroz (-2,4%), molho de tomate (-1,1%) e feijão (-0,8%).
Na região sudeste, as categorias que apresentaram maior elevação de preço foram a carne bovina (4,9%), farinha de trigo (2,8%), cerveja (2,3%), café em pó e em grãos (2,1%) e margarina (2%). Em contrapartida, os maiores recuos foram observados nos legumes (-7%), ovos (-3,8%), arroz (-1,8%), molho de tomate (-1,5%) e sal (-1,4%).
Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil