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Economia

Consumo nacional deve movimentar R$ 7,3 trilhões em 2024

Previsão é de alta de 2,5% em relação ao ano passado, o que representa uma desaceleração no ritmo de consumo

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Geração Z

De acordo com a Pesquisa IPC Maps 2024, ao longo deste ano, as famílias brasileiras deverão gastar cerca de R$ 7,3 trilhões com os mais diversos itens de bens de consumo. A previsão representa um aumento real de 2,5% em relação ao ano passado. 

Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pelo estudo, esse incremento ainda é baixo em comparação ao verificado em 2023 (de 3,1%) e em 2022 (de 4,3%) mas, ainda assim, mostra que o País vem se recuperando no cenário pós-pandêmico. “Até 2019, nossa economia crescia a passos bem lentos, na média de 1% ao ano. Em 2020, veio a Covid-19 e derrubou brutalmente a economia mundial como um todo e, depois disso, o Brasil felizmente conseguiu se levantar e passou a apresentar índices maiores de crescimento”, avalia ele.

Crescimento empresarial

Com um volume maior de dinheiro em circulação, aumenta a quantidade de novas empresas no território nacional. O levantamento aponta um acréscimo de 8,1% no perfil empresarial, resultando em quase 2 milhões de unidades abertas recentemente nos setores de indústria, serviços, comércio e agribusiness.

Entre abril de 2023 a abril de 2024, a quantidade de empresas no Brasil disparou, numa alta de 8,1%, somando 23.979.576 unidades instaladas. Destas, mais de 60% (14.663.004) são Microempreendedores Individuais (MEIs), responsáveis pela criação de mais de 1,1 milhão novos CNPJs no período.

Dentre as companhias ativas, a maioria (13,7 milhões) refere-se a atividades relacionadas a Serviços; seguida pelos segmentos de Comércio, com 5,6 milhões; Indústrias, 3,8 milhões; e Agribusiness, contando com mais de 837 mil estabelecimentos.

A pesquisa mostra também uma presença menor das empresas em grandes cidades, capitais e regiões metropoitanas. Pazzini lembra que, de 2023 para 2024, a quantidade de empresas subiu 9,2% no interior e 7,0% nas capitais e regiões metropolitanas, contra 8,1% da média nacional. “Esse cenário pode ser explicado pela escalada do home office, pois mesmo que a empresa funcione em grandes centros, ela não necessita mais de grandes áreas de escritórios e essa modalidade de trabalho passou a ser mais frequente após a pandemia”, afirma.

Regiões do País

A Região Sudeste mantém a liderança no ranking das regiões, respondendo por 48,9% do consumo nacional. Na sequência, vem a Sul, com uma representatividade de 18,6%, sendo quase alcançada pela Nordeste, com 17,9%. Na quarta posição está Centro-Oeste, aumentando sua fatia para 8,7%, e por último, a Região Norte, perdendo espaço para 5,9%.

Marcos Pazzini ressalta que, até o fechamento desta edição, a expectativa era de otimismo para a Região Sul do País. Entretanto, devido à tragédia provocada pelas enchentes no estado do Rio Grande do Sul, atingindo a grande maioria dos municípios e afetando mais de 2,1 milhões de gaúchos, não há como prever ao certo o cenário de consumo, sobretudo regional, ao longo dos próximos meses de 2024.

Hábitos de consumo

Sobre as preferências dos consumidores na hora de gastar sua renda, o realce continua sendo para a categoria de veículo próprio, cujas despesas devem somar R$ 797,8 bilhões, comprometendo 12,5% do orçamento familiar, em detrimento de outros segmentos, como alimentação e bebidas no domicílio, que respondem por 11% da renda doméstica.

Ainda assim, os itens básicos são prioridade, com grande margem sobre os demais, conforme a seguir: 26,9% dos desembolsos destinam-se à habitação (incluindo aluguéis, impostos, luz, água e gás); 19,8% outras despesas (serviços em geral, reformas, seguros etc.); 7,1% são medicamentos e saúde; 4,9% alimentação e bebidas fora de casa; 4% materiais de construção; 3,8% educação; 3,6% vestuário e calçados; 3,5% recreação, cultura e viagens; 3,4% higiene pessoal; 3,2% móveis, artigos do lar e eletroeletrônicos; 1,5% transportes urbanos; 0,6% para artigos de limpeza; 0,5% fumo; e finalmente, 0,2% refere-se a joias, bijuterias e armarinhos.

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