Economia
Consumo nos lares brasileiros cresce 1,2% em relação a 2023
Associação responsável por índice que aumento da empregabilidade contribuiu no resultado positivo

O índice de Consumo nos Lares Brasileiros registrou um aumento de 1,21% em janeiro de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em relação a dezembro, houve uma variação mensal de 22,01%, o que é considerado natural devido ao período sazonal das festas de fim de ano. Esses dados foram divulgados em uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (29) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
A Abras mantém sua projeção de crescimento para o setor em 2,5% para o ano de 2024. Durante o mês de janeiro, os pagamentos do Bolsa Família totalizaram R$ 14,48 bilhões, representando um aumento de cerca de R$ 1 bilhão em comparação ao ano anterior, conforme destacado pelo vice-presidente da associação, Marcio Milan. Além disso, houve um reajuste de 6,97% para o salário mínimo. É importante ressaltar que, pelo quarto mês consecutivo, a inflação medida pelo IPCA foi maior para alimentos em comparação ao indicador geral.
De acordo com Milan, o crescimento observado em janeiro também foi impulsionado pelo aumento da empregabilidade, o que contribuiu para manter o consumo aquecido. Ele também mencionou que o setor continuou implementando seus planos de expansão, com a abertura de 34 novas lojas, incluindo 21 supermercados e 13 atacarejos.
Os resultados do mês passado estão em linha com o observado em janeiro dos anos anteriores, sendo historicamente um período em que o consumo nos lares brasileiros é comprometido devido às maiores despesas das famílias no início do ano. Em 2023, o crescimento do consumo nos lares foi de 3,09%, superando a projeção da Abras, que estimava um aumento de 2,5%.
A cesta de produtos de consumo frequente monitorada pela Abras, conhecida como Abrasmercado, apresentou um aumento de preços de 1,40% em janeiro em comparação com o mês anterior, elevando os preços de R$ 722,57 para R$ 732,39 no período. Houve quedas significativas nos preços da cebola e do papel higiênico, enquanto os preços da batata, feijão, arroz, tomate e óleo de soja registraram aumentos expressivos.
Na análise regional, a maior variação foi observada na região Norte (3,09%), seguida pelo Centro-Oeste, com um aumento de 1,95%. Nas regiões Nordeste e Sudeste, o aumento foi de 1,37%, enquanto no Sul foi de 1,24%.
Imagem: Freepik