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Contabilidade em pequenas empresas: veja como cuidar

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Segundo o último levantamento do Sebrae, cerca 3,1 milhões de novos negócios foram abertos no Brasil, durante o período de janeiro a julho de 2025. As pequenas empresas, líderes absolutas da categoria, representam uma parcela aproximada de 97% desse total.

A pesquisa evidencia a força dos pequenos empreendimentos na economia brasileira, que registraram 433 mil novas aberturas somente em julho. Composta por microempreendedores individuais (MEI), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), essa parcela foi responsável por 96% de todas as atividades comerciais registradas no período.

Inserida nesse cenário, a diretora da Brasís Contabilidade e especialista em assessoria a micro e pequenas empresas, Cristiane Almeida, aponta os principais cuidados para que um novo negócio prospere nesse contexto de crescimento do mercado. Segundo a contadora, a definição precisa das atividades é fundamental para evitar erros no registro da empresa.

“Definir atividades com base apenas na menor tributação, iniciar operações sem o devido registro nos órgãos reguladores, como os de medicina e vigilância sanitária para a manipulação de alimentos, e deixar de incluir as atividades operacionais previstas para curto e médio prazo são erros comuns que devem ser evitados”, aponta.

Cristiane ressalta que para dar o start oficial nos negócios, é necessário calcular o valor recomendado de capital social, que deve suprir as despesas pré-operacionais e operacionais do negócio durante 6 meses. “Outra etapa importante é definir o percentual de participação de cada sócio, pois ele determina a parcela de responsabilidade e a distribuição de lucros quando ocorrer”, explica.

A especialista afirma que a escolha do regime tributário impacta diretamente o caixa do empreendimento. Ela observa que, no “regime de competência”, a receita é considerada para tributação no mês em que a venda é realizada, enquanto no “regime de caixa”, a tributação ocorre quando o pagamento pelo serviço prestado é recebido. Esse último modelo, segundo a profissional, exige maior controle das entradas e saídas de dinheiro, além de atenção ao prazo de recebimento.

“Para comparar a margem de lucro, é importante analisar a receita e as despesas operacionais, como folha de pagamento, aluguel, custos com serviços e/ou com a venda de produtos. Também é fundamental para contribuir na identificação da tributação mais adequada para o negócio, a organização de notas fiscais, relatórios de receita e despesas em um determinado período e documentos para conferência das operações, além de um planejamento para os próximos meses”, aponta ela.

Imagem: Freepik

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