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Estratégias tecnológicas que os supermercados devem adotar para atrair e fidelizar clientes

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Fazer compras nos supermercados pode ser… divertido? Cada vez mais consumidores parecem pensar assim, tratando o mercado não apenas como um local de abastecimento, mas como um destino de lazer, onde vale a pena passar um tempo — e não apenas riscar um item da lista de afazeres.

Para acompanhar essa mudança de comportamento, muitos supermercados têm investido em espaços como cafeterias aconchegantes, restaurantes completos, bares de sucos e até drive-thrus, estimulando os clientes a permanecerem por mais tempo no ambiente. E quando o consumidor permanece, tende a gastar mais — e voltar com mais frequência.

Com o varejo alimentar se tornando cada vez mais experiencial, cresce a pressão sobre os supermercados para se diferenciarem. De acordo com uma pesquisa da Capgemini, 57% das experiências tecnológicas em loja são fator decisivo de lealdade para os consumidores de supermercados. A seguir, veja quatro estratégias tecnológicas que o setor deve explorar (se ainda não estiver fazendo) para manter a competitividade.

1. Inteligência artificial para despertar o interesse do consumidor

A Inteligência Artificial (IA) está revolucionando o setor de supermercados ao transformar uma atividade rotineira em uma experiência personalizada e envolvente. Um exemplo prático é o recurso “Smart Shop” da Instacart, que permite que os clientes descrevam o tipo de refeição que desejam preparar, recebam sugestões de receitas personalizadas, adicionem os ingredientes ao carrinho e os recebam em casa.

Segundo projeções, a IA deve gerar um valor estimado de US$ 136 bilhões no setor supermercadista até 2030, com impactos especialmente relevantes em áreas como cadeia de suprimentos (US$ 67,7 bilhões) e merchandising (US$ 25,7 bilhões). Mas o potencial da IA vai além da eficiência operacional: ela também abre espaço para novas formas criativas de engajamento com os clientes.

2. Reposição automática para evitar rupturas

Um dos maiores desafios do varejo alimentar é manter o equilíbrio do estoque. Excesso de mercadorias resulta em desperdício; falta de produtos, em perda de vendas e frustração do cliente. No Reino Unido, por exemplo, supermercados descartam cerca de 240 mil toneladas de alimentos por ano, muitos ainda próprios para consumo.

É nesse ponto que a reposição automática se torna uma aliada estratégica. Essa tecnologia inteligente permite manter as prateleiras abastecidas de forma precisa, evitando tanto sobras quanto faltas. Com pontos de reabastecimento bem definidos, o sistema monitora os níveis de estoque em tempo real e emite alertas automáticos quando algum produto atinge um limite mínimo.

O resultado? Menos perdas, mais eficiência e uma experiência de compra mais consistente — tanto para o cliente quanto para a rentabilidade do negócio.

3. Análise de dados para acompanhar os hábitos de compra

O comportamento do consumidor pode mudar da noite para o dia. De um momento para outro, os carrinhos de compra passam de itens para churrasco a sopas e pães. Eventos climáticos, tendências virais ou mesmo mudanças de humor coletivo influenciam diretamente as vendas.

Durante um período de chuvas intensas no Reino Unido, por exemplo, a demanda por itens típicos de inverno disparou inesperadamente, pegando muitos varejistas desprevenidos.

Para se antecipar a essas variações, os supermercados estão recorrendo à análise avançada de dados. De acordo com a PYMNTS, 61% das redes varejistas alimentares na Europa pretendem investir em tecnologia analítica para entender melhor o comportamento dos clientes e adaptar suas ofertas em tempo real.

Com essas ferramentas, é possível tomar decisões mais assertivas sobre o mix de produtos, criar promoções segmentadas e responder rapidamente a mudanças de demanda.

4. Plataformas integradas para além da venda

Para explorar ao máximo os benefícios de tecnologias como IA, reposição automatizada e análise de dados, os supermercados precisam mais do que ferramentas isoladas: é necessário um sistema centralizado e pensado especificamente para os desafios do varejo alimentar.

Gerenciar plataformas distintas para estoque, vendas, canais digitais e dados do cliente pode gerar gargalos operacionais, falhas de integração e oportunidades desperdiçadas. Por isso, o ideal é adotar uma solução unificada, que ofereça uma visão abrangente do negócio em tempo real.

Os exemplos acima mostram que o uso estratégico de dados e inteligência artificial já está transformando a experiência de compra nos supermercados. Mas aplicar essas soluções de forma inteligente exige conhecimento, planejamento e adaptação à realidade de cada negócio.

Se você atua no varejo e quer entender como usar IA, dados e automação para gerar resultados concretos, a hora de aprender é agora. Participe da Imersão IA no Varejo, um evento criado para líderes, empresários e gestores que querem aplicar Inteligência Artificial de forma prática e eficiente no varejo brasileiro.

Imagem: Envato
Informações: Retail Technology Innovation Hub

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