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Expansão internacional exige estrutura sólida, apontam líderes do franchising

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O painel “Expansão Internacional”, realizado no Summit de Expansão da ABF, reuniu Bruno Costa, presidente da OakBerry no Brasil, Rodrigo Barros, fundador e CEO da Boali, e Daniel Cerveira, advogado da Cerveira Advogados e colunista da Central do Varejo, com moderação de Danubia Angel, diretora de expansão da Livo Company. Os executivos destacaram que o processo de internacionalização de marcas exige planejamento detalhado e estrutura robusta.

Entre os pontos de atenção ressaltados, estão a necessidade de avaliar a registrabilidade da marca no país de destino, realizar estudos tributários e de mercado, estruturar uma cadeia de fornecedores locais e contar com assessoria jurídica especializada, já que cada país apresenta particularidades regulatórias.

Experiências da OakBerry e da Boali

Bruno Costa relatou a trajetória da OakBerry, que hoje soma 900 lojas em 50 países, sendo 350 no Brasil e presença consolidada em dez países da América Latina. Segundo ele, a internacionalização começou a se tornar viável após a consolidação da rede no mercado interno. “Era preciso construir uma espinha dorsal para chegar com propriedade em outros países”, afirmou.

Já Rodrigo Barros contou que a decisão de levar a Boali para fora surgiu após uma visita a Dubai em 2021, onde conheceu operações de alimentação saudável mais eficientes. A partir dessa experiência, estruturou o plano de internacionalização, que resultou no primeiro contrato internacional em 2023 e na entrada em Lisboa, onde a operação já está entre as três maiores em vendas da rede. Atualmente, a marca se prepara para abrir sua primeira unidade em Miami.

Barros destacou o aprendizado obtido em mercados estrangeiros. Em Portugal, por exemplo, os bowls representam 50% das vendas, contra 14% no Brasil, o que levou a rede a repensar a estratégia de divulgação do produto no mercado doméstico. “Proteger o negócio no Brasil é fundamental para dar segurança ao franqueado e permitir uma expansão acelerada”, afirmou.

Estrutura e propósito

Os palestrantes ressaltaram que a padronização de processos, a qualidade na produção e a estruturação clara das responsabilidades entre franqueador e franqueado local são fundamentais para garantir consistência. Costa reforçou que a escolha de parceiros já estabelecidos no país de destino é decisiva para reduzir riscos e acelerar a adaptação.

Para Barros, cultura e propósito são elementos centrais. Ele frisou que a Boali não desenvolve produtos acima do ticket médio acessível, mantendo o objetivo de democratizar a alimentação saudável. “Na Boali, hoje, o cliente tem mais sensibilidade ao tempo de atendimento do que ao preço”, disse, destacando o foco em eficiência operacional.

Os executivos também enfatizaram que a força das equipes locais é um fator crítico de sucesso na internacionalização. “Quando se tem cultura e marca fortes, o financeiro vem naturalmente”, concluiu Barros.

Imagens e informações: (*) Patricia Cotti – Ganhadora do Digital Transformation Awards, Sócia Diretora da Goakira, Diretora de Pesquisa do IBEVAR, Colunista Central do Varejo, Professora dos MBAs da FIA, ESPM, ESECOM, USP.

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