Economia
Inflação de janeiro é a menor para o mês desde 1994
Nesta semana o IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 0,16% no primeiro mês de 2025. O resultado representa uma desaceleração frente a dezembro (0,52%), e é o menor para janeiro desde 1994, no início do Plano Real. O acumulado dos últimos 12 meses ficou em 4,56% com esse índice.
Bônus de Itaipu
O IPCA de janeiro desacelerou principalmente por causa da redução no subitem de energia elétrica residencial (-14,21%), parte do item Habitação (-308%). Essa queda na conta de energia veio pela incorporação do bônus de Itaipú na conta das residências com consumo mais baixo (de até 350 kWh). Foram mais de 78 milhões de consumidores beneficiados com um alívio na despesa em janeiro.
O bônus de Itaipu foi criado pela Lei nº 10.438, de 2002, que estabelece que uma parte do saldo positivo da Usina de Itaipu, localizada na fronteira de Brasil e Paraguai, seja convertida em créditos para os consumidores. Em janeiro, o desconto chegou a R$ 1,3 bilhão.
“O cálculo da energia elétrica entra na cesta básica da inflação, ou seja, quando baixamos o valor da energia elétrica, a inflação baixa também, e isso ajuda todo o país”, disse o diretor-geral do Brasil na Itaipu, Enio Verri, à Agência Brasil.
Outros itens
Apesar da desaceleração da inflação de janeiro, se transportar e comprar alimentos no Brasil continua caro. O grupo Transportes teve alta de 1,30%, enquanto Alimentação e bebidas de 0,96%, na quinta alta consecutiva. Cenoura (36,14%), tomate (20,27%), e café moído (8,56%) ficaram mais caros, enquanto batata-inglesa (-9,12%) e leite longa vida (-1,53%) baixaram de preço.
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias que ganham até cinco salários mínimos, não variou em janeiro (0,0%). Isso representa uma baixa também em relação a janeiro do ano passado (0,57%). No INPC de janeiro, os alimentos tiveram uma desaceleração nos preços (0,99%).
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil