Economia
IPCA de 2023 fecha com alta de 4,72%
O preço das passagens aéreas, da alimentação, da energia elétrica, do gás encanado e da taxa de esgoto puxaram alta do mês

De acordo com dados do IBGE divulgados nesta quinta-feira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve uma variação de 0,40% em dezembro. Esse resultado está 0,07 pontos percentuais (p.p.) acima de novembro, que foi de 0,33%, porém, ainda fica 0,12 p.p abaixo do resultado de dezembro do ano passado (0,52%). Com isso, a inflação de 2023 fecha com 4,72% de variação. A variação do último trimestre do ano ficou em 0,94%.
Entre os grupos pesquisados, sete registraram alta em dezembro. Os maiores responsáveis pela alta na variação do IPCA foram Transportes (0,77%), Alimentação e bebidas (0,54%) e Habitação (0,48%).
No grupo Transportes, as passagens aéreas subiram 9,02% e tiveram o maior impacto individual no índice do mês (0,09 p.p.). Os combustíveis (-0,27%) tiveram queda nos preços do óleo diesel (-0,75%), do etanol (-0,35%) e da gasolina (-0,24%), enquanto o gás veicular (0,08%) registrou alta. Além disso, o preço dos táxi apresentou alta de 0,83% devido ao reajuste de 6,67% em São Paulo (2,80%), a partir de 28 de outubro. O valor do ônibus urbano (1,91%) também subiu, influenciado pelo reajuste de 6,12% em Salvador (5,69%), a partir de 13 de novembro. Em São Paulo, houve alta de 6,67% no trem, metrô, ônibus urbano e integração de transporte público, que haviam recuado 6,25% em novembro em decorrência da gratuidade dos transportes metropolitanos nos dias do ENEM.
Já no grupo Alimentação e bebidas (0,54%), a alimentação no domicílio subiu 0,55% em dezembro. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (10,63%), da batata-inglesa (10,32%), do arroz (5,46%) e das carnes (0,65%). Por outro lado, os preços do tomate (-7,95%) e do leite longa vida (-1,91%) caíram. A alimentação fora do domicílio (0,53%) acelerou em relação a novembro (0,22%). Tanto a refeição (0,46%) quanto o lanche (0,50%) tiveram variações superiores às observadas no mês anterior (0,22% e 0,35%, respectivamente).
Por fim, no grupo Habitação (0,48%), o resultado da energia elétrica residencial (0,82%) decorre de reajustes aplicados em quatro cidades: de 5,91% em Goiânia; de 6,79% em uma das concessionárias de São Paulo; de 9,65% em Brasília; e de -1,41% em Porto Alegre. Também, a alta da taxa de água e esgoto (1,43%) foi influenciada por reajustes tarifários em Fortaleza (14,43%), no Rio de Janeiro (10,23%), em Belém (15,76%), e em Porto Alegre (4,97%). O gás encanado (0,47%) também apresentou alta por conta do reajuste médio de 0,98% no Rio de Janeiro e de 3,30% em São Paulo.
Em relação ao IPCA nas regiões do Brasil, as maiores variações foram em Fortaleza e Goiânia, ambas com 0,77%. Nos dois casos, a principal contribuição veio da gasolina, com variações de 6,48% e 2,33%, respectivamente. Já o menor resultado ocorreu em Recife (-0,26%), onde houve queda no preço da gasolina (-4,66%).
Imagem: Envato