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Não há inovação em educação. Será mesmo?

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Durante anos ouvi essa frase sendo repetida em rodas de conversa, eventos de negócios e até em ambientes corporativos: “educação é importante, mas não é um setor inovador”. E confesso que sempre me incomodou. Primeiro porque a educação, por natureza, transforma. Depois, porque esse discurso desconsidera o enorme esforço de milhares de educadores, pesquisadores e empresas em repensar como ensinamos e aprendemos.

É verdade que inovação em educação nem sempre se parece com o que estamos acostumados a ver em outros setores. Não é sobre criar um aplicativo da moda ou lançar um produto disruptivo a cada trimestre. Inovar na educação é mais profundo: é olhar para o processo de aprendizagem com atenção, entender as necessidades reais dos alunos e buscar formas de potencializar resultados com ferramentas que façam sentido para a vida deles.

Tenho orgulho de fazer parte de uma organização que acredita nisso. O Kumon é um bom exemplo de como tradição e inovação podem caminhar juntas. Somos reconhecidos por nosso método consolidado, que há mais de 60 anos desenvolve autonomia, disciplina e raciocínio nos alunos. Mas isso não nos impede – pelo contrário, nos impulsiona – a buscar novas formas de entregar esse conteúdo.

Foi assim que surgiu o Kumon Connect, uma plataforma digital que mantém a essência do nosso método, mas permite que o aluno estude com mais flexibilidade. Ele continua com o acompanhamento individualizado, com um orientador que entende suas dificuldades e avanços, mas agora pode estudar pelo tablet, com todos os seus materiais organizados de forma digital, recebendo, inclusive, devolutivas pela própria plataforma, o que agiliza e facilita o acompanhamento do desenvolvimento do aluno, tornando o processo de aprendizagem ainda mais dinâmico e eficiente.

Essa transformação é significativa. Estamos falando de um modelo que respeita o ritmo do aluno, mas que agora incorpora a tecnologia como aliada, sem abrir mão do que realmente importa: o aprendizado contínuo e sólido.

Inovação, portanto, está sim presente na educação. Talvez não do jeito mais óbvio, mas certamente da forma mais impactante. E quando a gente entende que inovar não é substituir o professor por uma máquina, mas ampliar as possibilidades de estudo e de aprendizagem, abrimos espaço para um futuro educacional mais acessível, personalizado e eficiente.

Se você também acredita que educação é, e precisa ser, um campo fértil para a inovação, me conta aqui nos comentários: que iniciativas ou experiências você já viu nesse sentido? Vamos juntos desmistificar essa ideia de que inovação e educação não andam lado a lado.

Imagem: Reprodução/Kumon



(*) Julio Segala
. Atua no franchising há 29 anos, graduado em Engenharia Elétrica, Matemática e Física, Mestre em Engenharia, Pós-Graduado em Gestão de Negócios, atualmente Vice-presidente de Operações no Kumon América do Sul, membro dos comitês de Micro franquias & Novos Modelos e Educação da ABF e instrutor dos programas de capacitação da ABF.

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