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O fim da era do código de barras: por que os QR Codes devem dominar o varejo

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O clássico código de barras linear, que há décadas é a espinha dorsal das operações de varejo — de supermercados a grandes redes de moda — pode estar com os dias contados. Um estudo recente da GS1 UK em parceria com a FT Longitude revela que os códigos de barras podem desaparecer das prateleiras do Reino Unido em até cinco anos, impulsionados pela preferência dos consumidores por QR Codes. Globalmente, essa transição reflete a crescente demanda por mais informações sobre produtos e transparência no ponto de venda.

Uma revolução na identificação de produtos

Inventado nos anos 1950 e amplamente adotado nos anos 1970, o código de barras linear revolucionou o varejo, agilizando os caixas e o controle de estoque. Mas, com o avanço digital, as expectativas do consumidor evoluíram. O QR Code — uma versão bidimensional do código de barras — armazena muito mais dados que seu antecessor.

De acordo com o estudo, os QR Codes devem substituir completamente os códigos lineares no varejo britânico até 2029. Além disso, 41% dos executivos do varejo no Reino Unido acreditam que a substituição será total nesse período. Gigantes globais como Walmart, Amazon e PepsiCo já estão testando sistemas baseados em QR Codes, com planos de adoção total até 2027.

Renaud de Barbuat, CEO da GS1, resume a nova geração como “um QR Code com um código de barras escondido dentro”, prometendo “um escaneamento, infinitas possibilidades.”

Transparência para o consumidor na era digital

O consumidor atual não quer saber apenas o preço — ele quer entender como o produto foi feito, onde foi produzido, e quais os impactos envolvidos. Pesquisas apontam que 79% dos consumidores preferem produtos com QR Code que ofereçam informações extras, e 77% consideram esses dados essenciais para decidir uma compra. Além disso, 62% estariam dispostos a pagar mais por escolhas mais conscientes.

Com os QR Codes, basta apontar o celular para acessar dados como alertas de alergênicos, origem dos ingredientes, valores nutricionais e mais. E o impacto vai além dos rótulos: os QR Codes permitem acompanhar a pegada de carbono, verificar condições trabalhistas e acessar informações sobre práticas sustentáveis.

Enquanto as embalagens tradicionais têm espaço limitado, os QR Codes funcionam como portais para plataformas digitais dinâmicas, atualizadas em tempo real.

Uma mudança tecnológica e ambiental mais ampla

O avanço dos QR Codes faz parte de um movimento mais amplo de transformação digital no varejo. A pandemia acelerou tendências como pagamentos por aproximação, navegação por aplicativos, autoatendimento e tecnologias imersivas como realidade aumentada.

Essa transformação também caminha junto com metas ambientais. Uma rede de delicatessens no Brasil, por exemplo, implantou o sistema de QR Code da GS1 em três unidades e reduziu o desperdício de alimentos em 50% em apenas dois meses. Na Coreia do Sul, uma marca de água aboliu os rótulos plásticos, migrando todas as informações para um QR Code no lacre da garrafa.

Essas inovações permitem reduzir o desperdício de embalagens enquanto oferecem uma experiência informativa e atualizada ao consumidor.

O que vem pela frente

Apesar da adesão crescente, a implementação dos QR Codes será gradual. A GS1 estima que o modelo se torne padrão até 2027, convivendo por um tempo com os códigos tradicionais para garantir compatibilidade.

A adoção plena depende de três pilares:

  • Preparação de varejistas e fabricantes

  • Atualização da infraestrutura

  • Educação do consumidor

Mas a direção já está traçada. À medida que os varejistas integram QR Codes em gôndolas, aplicativos e cadeias de suprimento, eles deixam de ser meras ferramentas de leitura para se tornarem interfaces diretas entre o consumidor e o ciclo de vida do produto — incluindo sustentabilidade, ética, procedência e impacto ambiental.

Se o código de barras definiu o varejo moderno, o QR Code será a base do varejo do futuro. E para conferir de perto essa e outras inovações que estão moldando o futuro do setor, você precisa participar da NRF Paris com a Delegação Central do Varejo:

Esse é o maior evento de tendências globais do varejo e, pela primeira vez, vai acontecer em solo europeu.

 

Informações: NRF Europe com tradução livre Central do Varejo
Imagem: Envato

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