Inovação
O que esperar do livestream shopping em 2025
De acordo com um relatório da CNBC de 2023, o livestream shopping tornou-se uma indústria gigantesca na China, com um mercado avaliado em US$ 512 bilhões. Em contraste, o mercado dos Estados Unidos valia cerca de US$ 50 bilhões na mesma época. Em junho de 2023, Deborah Weinswig, CEO da Coresight Research, sugeriu que o livestream shopping poderia representar mais de 5% das vendas totais de e-commerce nos EUA até 2026.
TalkShopLive compete com TikTok pelo mercado de livestream shopping
Recentemente, o TikTok enfrenta uma concorrência significativa no setor de livestream shopping.
Conforme reportado pelo Modern Retail, o TalkShopLive — conhecido por suas experiências de shopping ao vivo — lançou as TSL Shoppettes, clipes curtos no estilo dos Reels, que podem ser compartilhados no Facebook e Instagram. Esses vídeos são totalmente interativos, com links diretos para produtos.
Com o futuro do TikTok nos Estados Unidos ainda incerto, o TalkShopLive e outros concorrentes estão avançando no mercado, ampliando suas estratégias de sucesso anteriores.
Nos últimos anos, a empresa firmou parcerias de livestream shopping com grandes varejistas. Em novembro de 2024, o TalkShopLive colaborou com a Amazon para criar programas para sua plataforma de transmissões ao vivo, a Amazon Live. Em 2023, introduziu simulcasts shoppables (transmissões simultâneas compráveis) no Facebook e Instagram Live, resultando em um aumento de 25% nas vendas da plataforma em 2024.
Bryan Moore, CEO do TalkShopLive, destacou que a diversificação de plataformas é essencial, especialmente considerando um possível banimento do TikTok nos EUA.
“Qualquer estratégia de conteúdo de vídeo-comércio não pode depender de uma única plataforma”, afirmou Moore. “Criamos uma tecnologia que reduz o atrito tanto para o cliente quanto para marcas e varejistas.”
O livestream shopping veio para ficar?
É provável que o comércio ao vivo continue a crescer nos EUA, mas ainda enfrenta desafios.
Um relatório de 2023 da McKinsey & Company classificou a China como um mercado maduro nesse setor. No entanto, quase metade dos consumidores americanos entrevistados queria mais oportunidades de compra via live commerce.
Na China, 72% dos usuários afirmaram querer comprar mais por meio desse formato, comparado a 49% nos EUA e 38% na Europa. Além disso, 67% dos usuários chineses disseram querer gastar mais nesse modelo, enquanto apenas 39% nos EUA e 33% na Europa expressaram o mesmo.
Entre as barreiras apontadas pelos americanos estão a percepção de baixo custo-benefício e o horário inconveniente das transmissões. Muitos também consideram as transmissões muito longas.
Embora o Meta tenha encerrado seus serviços de compras ao vivo anteriormente, o potencial banimento do TikTok pode revitalizar esse mercado.
“Com ou sem TikTok, toda a atenção gerada está forçando marcas e consumidores a terem um plano B”, afirmou Melissa Minkow, da consultoria digital CI&T.
Plataformas de revenda como o Whatnot também estão ganhando terreno, especialmente entre colecionadores. Em 2024, o Whatnot registrou mais de US$ 2 bilhões em vendas anuais via livestream, com dois terços dos vendedores ganhando mais de US$ 10.000 por mês e 25% arrecadando mais de US$ 300.000 por ano.
O futuro do livestream shopping nos EUA pode ser incerto, mas o crescimento do mercado global demonstra seu potencial de transformação no comportamento de compra.
Imagem: Envato
Informações: Nicholas Morine para Retail Wire
Tradução livre: Central do Varejo