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Países que mais compram online: saiba quais são

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três mulheres em pé mexendo no celular

O comércio eletrônico não para de crescer e já movimenta trilhões de dólares por ano no mundo todo. A popularização da internet, a facilidade dos meios de pagamento digitais e a logística cada vez mais eficiente fizeram com que comprar pela internet se tornasse um hábito de consumo em praticamente todos os países. Mas afinal, quais são os países que mais compram online?

Comércio eletrônico em números

Segundo dados da Tidio, em 2023, havia mais de 2,4 bilhões de compradores online no mundo, cerca de 27% da população global. No mesmo ano, 20% das vendas de todo o varejo aconteceriam no ambiente digital, povoado por algo entre 12 e 24 milhões de lojas online em todo o mundo — com unidades abrindo e fechando todos os dias.

Em 2024, o comércio eletrônico era um mercado estimado em US$ 6,8 trilhões, com expectativas de que chegue a US$ 8 trilhões até 2017, segundo a plataforma SellersCommerce. 

Comércio eletrônico ao redor do mundo

As compras online existem desde 1995, aproximadamente, porém, ao longo da última década, o comércio eletrônico se consolidou como um dos setores mais dinâmicos da economia mundial. O avanço das tecnologias digitais, a popularização dos smartphones e o acesso cada vez maior à internet transformaram os hábitos de consumo em praticamente todos os continentes. Se, no início dos anos 2010, comprar online ainda era visto com certo receio por muitos consumidores, hoje essa prática se tornou parte do cotidiano, representando uma fatia significativa do varejo global.

Um dos principais impulsionadores desse crescimento foi a mudança de comportamento do consumidor, que passou a valorizar mais a conveniência, a rapidez e a variedade oferecidas pelas lojas virtuais. Plataformas como Amazon, Alibaba e Mercado Livre expandiram suas operações e se tornaram referências internacionais, criando ecossistemas robustos de marketplace e logística que deram suporte ao aumento expressivo das vendas. Paralelamente, empresas de diferentes setores, desde moda até alimentação, investiram em presença digital para atender a essa nova demanda.

Outro marco foi a pandemia de Covid-19, a partir de 2020, que acelerou tendências já em andamento. Com as restrições de circulação, milhões de consumidores migraram para o ambiente online. O resultado, segundo dados da Tidio, foi de que 3% da população dos Estados Unidos comprou online pela primeira vez a partir da pandemia; em outros países, como Canadá e França, essa porcentagem foi ainda maior (6%).

Além do aumento das vendas, o comércio eletrônico também evoluiu em sofisticação. Tecnologias como inteligência artificial, realidade aumentada e sistemas de recomendação personalizaram a experiência de compra. O crescimento dos métodos de pagamento digitais, como carteiras virtuais e criptomoedas, também ampliou as possibilidades de consumo. Dessa forma, o e-commerce deixou de ser apenas uma alternativa e passou a ser parte estratégica do varejo mundial, com projeções de crescimento contínuo para os próximos anos.

Países que mais compram online

Para dizer quais são os países que mais compram online, é preciso adotar um critério de referência, como número de pessoas que são compradoras, valor total de faturamento, ou tícket médio de cada comprador. Adotando este último critério, a Tídio considera os seguintes países os que mais possuem valor per capta em vendas online:

  • Reino Unido – US$ 4,201 por ano por pessoa
  • Estados Unidos – US$ 3,428 tri por ano por pessoa
  • Coreia do Sul – US$ 2,591 tri por ano por pessoa
  • França – US$ 1,946 tri por ano por pessoa

Considerando o critério de faturamento absoluto, a China é, disparado, o país que mais fatura com vendas online. O segundo país mais populoso do mundo (1,4 bilhão de pessoas) faturou 2,16 trilhões de dólares com vendas online em 2024, o que coloca o país como o maior mercado de e-commerce do mundo pelo 12º ano consecutivo. Além disso, 904 milhões de pessoas compram online na China, fazendo com que seja o país que mais compra online do mundo.

Em segundo lugar entre os países que mais compram online, está os Estados Unidos. O país faturou, em 2024, cerca de US$ 1.19 trilhão com o e-commerce. A expectativa de especialistas é de que o mercado estadunidense de vendas online atinja US$ 1.29 tri até o final de 2025, segundo o SellersCommerce. O número de compradores online do país, em 2022, era de 268 milhões de pessoas, segundo a Tídio.

Por último, se considerarmos como critério o crescimento das vendas online no país nos últimos anos, os países que mais aumentaram suas compras online em 2022 foram:

  • Filipinas – 26%
  • Índia – 26%
  • Indonésia – 23%
  • Brasil – 22%
  • Vietnã – 19%
  • Argentina – 19%
  • Malásia – 18%
  • Tailândia – 18%
  • México – 18%
  • Estados Unidos – 16%

Por que esses países compram tanto online?

1. Conveniência e praticidade

Um dos fatores mais decisivos para o crescimento do e-commerce é a conveniência. Comprar online permite ao consumidor adquirir produtos e serviços sem precisar sair de casa, evitando deslocamentos, filas e limitações de horário. O acesso 24 horas por dia, 7 dias por semana, cria um ambiente de compra flexível, adaptado ao estilo de vida cada vez mais dinâmico das pessoas.

2. Variedade de opções

No ambiente digital, os consumidores encontram uma diversidade de produtos muito maior do que em lojas físicas. É possível comparar marcas, modelos e preços em segundos, além de ter acesso a itens que muitas vezes não estão disponíveis em lojas locais. Essa amplitude de escolha é especialmente valorizada em categorias como moda, eletrônicos e produtos importados.

3. Preços mais competitivos

As lojas virtuais frequentemente oferecem preços mais baixos do que as lojas físicas, já que seus custos operacionais costumam ser menores. Além disso, promoções online, cupons de desconto e eventos como a Black Friday ou o 11.11 (Dia dos Solteiros, na China) atraem milhões de consumidores. A transparência na comparação de preços também incentiva os consumidores a optar pelo canal digital.

4. Avanço dos meios de pagamento

A popularização de métodos de pagamento digitais — como carteiras virtuais, PIX, pagamentos por aproximação e até criptomoedas — aumentou a confiança e a facilidade nas compras online. A segurança das transações e a possibilidade de parcelamento são fatores que estimulam ainda mais a adesão.

5. Logística mais eficiente

As empresas de e-commerce investiram fortemente em logística na última década, garantindo entregas cada vez mais rápidas. Modelos como entrega no mesmo dia, retirada em pontos de coleta (PUDO) e lockers inteligentes ampliaram as opções, dando ao consumidor mais controle sobre como e quando receber sua compra.

6. Personalização da experiência de compra

Plataformas digitais utilizam inteligência artificial e análise de dados para oferecer recomendações personalizadas, aumentando as chances de o consumidor encontrar exatamente o que procura. Isso cria uma experiência mais envolvente e eficiente, tornando a compra online mais atraente do que a física em muitos casos.

7. Impacto da pandemia de Covid-19

A crise sanitária acelerou hábitos digitais já em crescimento. Com o fechamento temporário do comércio físico e as medidas de distanciamento, muitos consumidores experimentaram pela primeira vez o e-commerce e descobriram suas vantagens. Mesmo após a reabertura, grande parte manteve o hábito de comprar online.

8. Confiança e segurança maiores

Se no passado havia desconfiança em relação à compra online, hoje a situação mudou. Sistemas de avaliação de vendedores, políticas de devolução mais claras e a profissionalização das plataformas reduziram a insegurança. Isso ampliou a base de consumidores dispostos a confiar suas compras ao ambiente digital.

9. Mobile commerce (m-commerce)

O uso de smartphones revolucionou a forma como as pessoas compram online. Hoje, grande parte das transações no e-commerce ocorre diretamente em dispositivos móveis, seja por meio de aplicativos de grandes varejistas, seja em sites adaptados para telas pequenas. A mobilidade permite que o consumidor compre de qualquer lugar, a qualquer hora, o que torna a experiência ainda mais prática. Além disso, o avanço de tecnologias como pagamento por aproximação, biometria e carteiras digitais integradas ao celular tornou o processo de compra mais rápido e seguro, impulsionando o m-commerce em todo o mundo.

Imagens: Freepik

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