Economia
Pretos, pardos e mulheres têm desemprego acima da média no Brasil
Na semana passada, o IBGE divulgou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) que revelam que pretos, pardos e mulheres têm maior índice de desemprego que homens brancos. Além disso, os mesmos grupos desfavorecidos ocupam mais vagas informais, e ganham menos dinheiro no Brasil.
No quarto trimestre de 2024, a taxa de desocupação foi de 6,2%, bem menor que no mesmo período de 2023, quando era de 7,4%. Apesar de os índices de desemprego no País estarem nos menores patamares já registrados, o cenário não é igualitário para todos.
A taxa de desocupação por sexo foi de 5,1% para homens e 7,6% para mulheres no Brasil. Já na comparação por raça, 4,9% de brancos estavam desempregados no quarto trimestre do ano passado, frente a 7,5% de pretos e 7,0% de pardos.
Para separar a população ocupada da sub ocupada ou desocupada, o IBGE considera todos os tipos de trabalho (formais ou informais) exercidos por pessoas a partir de 14 anos. Porém, quando falamos de informalidade, pretos (41,9%) e pardos (43,5%) também estão acima da média nacional, de 38,6%.
Houve uma diminuição neste indicador na média nacional (de 38,8% para 38,6%) e entre brancos (de 33,5% para 32,6%) na comparação entre o terceiro e quarto trimestre de 2024. Mas entre pretos (43,2% para 43,5%) e pardos (41,8% para 41,9%) houve um aumento.
O salário recebido também é diferente para pretos, pardos e mulheres, como revela a PNAD Contínua. O rendimento médio mensal brasileiro foi de R$ 3.215 no último trimestre de 2024; para brancos, porém, esse valor foi acima da média, de R$ 4.153, enquanto para pretos (R$ 2.403) e pardos (R$ 2.485), foi abaixo. Na comparação por sexo, mulheres tinham a renda média de R$ 2.783 no período, e homens de R$ 2.783.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil